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CUT promete intensificar ação política para libertar Rainha
Por Do Diário OnLine
18/07/2003 | 15:41
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O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Luiz Marinho, disse nesta sexta-feira, ao deixar o presídio de Presidente Venceslau (região do Pontal do Paranapanema), em São Paulo, que a CUT vai intensificar uma ação política para a libertação de José Rainha Júnior.

Segundo ele, a CUT e o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) vão pedir que o juiz Atis Oliveira não julgue mais casos envolvendo sem-terra, por entender que ele persegue o movimento.

Marinho visitou nesta sexta os membros do MST detidos sob a acusação de formação de quadrilha e furto - crimes que seriam referentes a uma invasão de terra ocorrida em 2000.

Nessa quinta, o tribunal de Justiça de São Paulo negou o pedido de habeas-corpus, feito pelo advogado e deputado federal Luiz Eduardo Greenhalgh (PT-SP), que requeria a libertação imediata de José Rainha Júnior e Felinto Procópio dos Santos e a revogação dos pedidos de prisão preventiva de outros três líderes sem-terra foragidos que respondem ao mesmo processo: Clédson Mendes, Sérgio Pantaleão e Márcio Barreto.

Segundo a esposa de Rainha, Diolinda Alves de Souza, em entrevista à rádio CBN, o movimento vai recorrer da decisão em Brasília, já que ela acredita tratar-se de acusações políticas. Diolinda também informou que juízes do Pontal do Paranapanema já decretaram mais de 20 prisões preventivas de líderes sem-terra este ano.

“Ele já tem informação formada. Filho de fazendeiro é fazendeiro. É um juiz reacionário que não entende da questão social no Pontal do Paranapanema. Queremos um juiz de diálogo, de conversa e que compreenda o movimento sem-terra e veja a necessidade de trazer essas pessoas de volta para a vida”, disse Deolinda.

A decisão do desembargador Adalberto Denser de Sá, 2º vice-presidente do TJ, vale até o julgamento final do habeas-corpus, que deve ocorrer em 15 dias.




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