Uma minifábrica que produz cabides funcionando a todo o vapor dentro de uma grande montadora. Uma cena inusitada, principalmente se considerarmos a faixa etária dos trabalhadores que atuam nessa pequenina, mas organizada empresa: jovens de 14 a 17 anos.
Trata-se do projeto Empresários para o Futuro, uma parceria do Instituto General Motors com a ONG Junior Achievement que é realizado em uma dependência dentro da fábrica da General Motors, em São Caetano.
O programa tem como foco estudantes do ensino médio de escolas municipais e estaduais e tem duração de quatro meses, com uma jornada de quatro horas por semana. Neste período, os alunos-empresários aprendem a constituir e administrar a fábrica de cabides de alumínio para roupas.
Os jovens recebem noções de gestão empresarial, englobando áreas como finanças, marketing, vendas, relações públicas e recursos humanos.
Davi Alexandre Imperatore, 15 anos, estudante do 1º ano do ensino médio e presidente da Cabides World, gostou muito da experiência: "A gente aprende a abrir, desenvolver e encerrar uma empresa. Também aprendi a lidar com as pessoas, a vender, fiquei com vontade de ser um empresário."
Após a produção de cabides preestabelecida pela equipe, os jovens têm ainda a meta de vendê-los e, assim, tornar a empresa rentável. O salário dos integrantes, estipulado pela própria equipe, depende da realização de cada um.
A General Motors do Brasil implementou o projeto em 1986 em São Caetano e, em seguida, em São José dos Campos.
Posteriormente, o programa foi estendido para as unidades de Mogi das Cruzes (SP), Gravataí (RS) e Rosario, na Argentina. Até agora, 4.000 jovens participaram do projeto.
Com investimentos da ordem de R$ 36 mil anuais, o programa beneficia 260 estudantes todos os anos.
A iniciativa do Instituto GM é feita em cooperação com as secretarias de Educação dos municípios onde o programa está em execução. A seleção dos alunos fica a cargo das escolas.
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.