Enquanto o vice-presidente da Fundação Casa (antiga Febem), Antonio Claudio Piteri, afirma que aguarda a Prefeitura de Santo André remover as cerca de 10 famílias que vivem no terreno ao lado do CDP (Centro de Detenção Provisória) da cidade, na Vila Palmares, para a construção da unidade no local, muitos moradores do local ainda não sabem onde vão morar.

Há três anos no local, a dona de casa Roberta Baroni, 32 anos, vive com os dois filhos pequenos, de 2 e 7 anos, e o marido em um barraco instalado no terreno. "Não temos para onde ir. Eles (representantes da Prefeitura) já falaram duas vezes comigo mas até agora não temos para onde ir", disse a dona de casa.

A desempregada Kely Cristina Santos, 26, que mora em um barraco de um cômodo com o marido, também desempregado, questionou o município. "Antes diziam que iríamos receber o aluguel social. Agora só dizem que vamos sair. Mas para onde?", questionou Kely. A Prefeitura também não informou ao Diário a destinação das famílias ontem.

A família da doméstica Maria Aparecida Ferreira, 47, vive em um barraco com dois quartos, um closet, sala de estar e de jantar (conjugada com a cozinha), dois banheiros. "Morávamos na favela do Tamarutaca. Fomos retirados para a urbanização do lugar. A Prefeitura já deu um terreno lá, e a casa deve ficar pronta em oito meses", declarou Maria.