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Fabricante de marca de cobertores mostra retomada
Por Do Diário do Grande ABC
13/07/2010 | 07:10
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Claudinei Plaza/DGABC


Conhecida pelos tradicionais cobertores que produz, a indústria têxtil T4, de São Bernardo, vem em ascensão, recuperando mercado perdido no início da década de 2000.

Criada em 2005, a T4, que arrendou o maquinário e a marca da antiga tecelagem Tognato - fundada na primeira década do século passado em Santo André e que passava por dificuldades financeiras - tem conseguido superar os problemas e a concorrência acirrada no setor.

A empresa prevê manter, em 2010, o ritmo de crescimento alcançado nos últimos anos, da ordem de 7% a 8% nas vendas anuais, com base na estratégia de pulverizar o atendimento para pequenos e médios lojistas em todo o País e procurar manter o foco na qualidade de seus produtos.

Segundo o diretor financeiro, Carlos Almeida, a invasão de produtos chineses atrapalha, mas a empresa busca se diferenciar pelo bom acabamento. A companhia faz cobertores e colchas jacquard, cujos desenhos são tecidos no próprio produto, em vezes de serem aplicados.

Com isso tem reconquistado clientela antiga e ampliado o atendimento ao varejo. São mais de 300 clientes ativos, dentro de uma carteira formada por mais de 1.500 empresas que atende. Como parte dessa estratégia, a fabricante procura se ajustar às exigências de um nicho que a Tognato encontrava boa aceitação: o mercado profissional, formado por hotéis, pousadas e hospitais. Esses segmentos representam 40% do total dos negócios. Os outros 60% são os pequenos e médios varejistas.

A área hoteleira é um ramo promissor, avalia o executivo, devido à demanda que será necessária para atender turistas no Brasil, com a Copa de 2014 e a Olimpíada, em 2016.

Almeida não revela o faturamento, mas afirma que a T4, que começou pequena, caminha para se tornar em breve uma média empresa. E além do aumento nas vendas, a tecelagem tem ampliado o quadro de funcionários. Começou com 28 e hoje conta com 45 trabalhadores.

Investimentos expressivos não devem ocorrer neste ano, mas está nos planos a modernização dos maquinários nos próximos anos. "Ainda não usamos todo o parque fabril, temos 30% (ocioso) para a sazonalidade", afirma.

No entanto, ele salienta que, para crescer mais e se modernizar, novos maquinários só não bastam. A companhia procura oferecer treinamento ao pessoal que contrata. "É um ramo complicado, não se encontra mão de obra especializada", explica.




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