Cultura & Lazer Titulo
Luz, câmera e ação
Por Thiago Mariano
Do Diário do Grande ABC
21/06/2011 | 07:05
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Edmilson Magalhães/DGABC


Foram dois meses reunindo munição, conversando conceitos, levantando produção e discutindo roteiro, até chegar o dia da diretora são-bernardense Noelle Rodrigues, 25 anos, atirar ao alvo.

Gravando um filme publicitário sobre um software educacional da empresa Eicon, Noelle reuniu no sábado, na Emef Professora Eda Mantoanelli, em São Caetano, 70 pessoas para o registro do material que, finalizado, terá duas versões, uma de um minuto e outra de 30 segundos. O tiro, com uma margem de 14 horas - tempo em que a diretora ficou no set - tinha que ser perfeito.

O software, objeto da campanha, é um equipamento de integração educacional. Espécia de rede escolar, que une, on-line, administração pública, direção escolar, professores e alunos, cruzando informações administrativas e contato social.

Um ábaco gigante tomou a quadra da escola. Cerca de 20 alunos e alguns pais protagonizaram as gravações. "A primeira coisa que procuramos retratar foi a ligação mais direta da comunidade com a escola e o sistema de educação. O aluno ia montando a estrutura do ábaco. Era mostrar que, para cada um chegar a algum lugar, tem que fazer a sua parte", conta Noelle.

FILMAGENS
Nem havia raiado o dia quando a equipe de produção começou a encaminhar o cenário. As crianças chegaram, ficaram a descobrir sua função no comercial. "Vou aparecer na televisão?", perguntou uma, que ficou toda feliz quando disseram que sim.

Para que cada um encaixasse sua parte do ábaco, foram precisos rigor e disciplina. Não olhar para a câmera, não tremer as mãos, andar o mais naturalmente possível. Diferentes ângulos - e repetições de cada um deles - foram registrados ao longo do dia.

"É para isso que se trabalha. Sem esse único dia de gravação nos três meses de projeto, não tem diversão", conta Noelle, que divide seus trabalhos entre Brasil e a Inglaterra. Lá, ela tem uma produtora, aqui, outra, que intercambia relações de ingleses interessados em filmar em terras tupiniquins.

A próxima etapa do comercial, de pós-produção, que durará um mês, será feita na Inglaterra, para onde Noelle embarca hoje. "Lá é mais fácil e barato conseguir estúdio de edição". Quase 400 gigas de material de áudio e vídeo foram captados no sábado.

Com um pé na Inglaterra e outro aqui, a diretora crê que tudo está a melhorar no audiovisual brasileiro. "Apesar de você encontrar mais recursos, infraestrutura e gente na Inglaterra, o Brasil está aquecido. O produto e o produtor nacional estão com mais espaço aqui no País", acredita.




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