As batedeiras foram consideradas um eletrodoméstico perigoso pela Pro Teste (Associação Brasileira de Defesa do Consumidor). A entidade testou nove modelos de cinco diferentes marcas encontradas no mercado e reprovou todas no quesito segurança elétrica. De acordo com a associação, existe o risco de contato acidental com um ou mais pinos do plugue durante sua introdução ou desconexão na tomada.

Segundo Maria Inês Dolci, coordenadora institucional da Pro Teste, existe um grupo formado por fabricantes e por técnicos do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial) – autarquia federal responsável por definir as normas de segurança que devem ser seguidas pelas empresas – para estipular regras que tornem plugues e tomadas mais seguras em todos os eletrodomésticos. “Nosso levantamento só veio reforçar essa necessidade de mudança”, afirma Dolci.

Foram testadas batedeiras próprias para massas leves e pesadas, aparelhos mais potentes e resistentes, além dos modelos mais compactos, utilizados somente para massas leves. Entre os itens avaliados estão ainda a potência, cordão de alimentação (o fio), manual de instruções, ruído e desempenho.

Na segurança elétrica, um dos vilões foi a fiação interna, que pode entrar em contato com partes móveis nos botões do aparelho, pois seu cordão pode ser empurrado para dentro, o que possibilita curtos-circuitos. Esse problema foi encontrado nos modelos Ciranda Duo e Ciranda Classic, da Arno; Dinâmica e Dinâmica Plus, da Mondial; RI 7115 e RI 7110, da Walita. O outro vilão foram os plugues que permitem o acesso aos usuários a partes vivas quando conectado à tomada, o que pode dar choque, problema verificado nessas marcas e ainda nos modelos Super M875 e o M775 da Black & Decker e no TSMBZ, da Toastmaster.

Das cinco marcas, apenas a Philips, detentora da Walita e a Salton, da Toastmaster, se pronunciaram sobre o teste. A Philips explica que seus produtos são submetidos a um órgão certificador de reconhecimento internacional que certifica os aparelhos quanto aos quesitos de segurança, o Kema-Keur, da Holanda. Já a Salton informa que o produto testado pela Pro Teste foi submetido a ensaios de contestação de segurança pela TUV Product Service Ásia Pacific em sua fase de projeto.