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Estoque de sangue está abaixo do ideal na região

No Dia Nacional do Doador de Sangue, comemorado hoje, apelo é para que população se conscientize

Por Vanessa de Oliveira
Do Diário do Grande ABC
25/11/2015 | 07:00
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Andréa Iseki/Arquivo DGABC


No Dia Nacional do Doador Voluntário de Sangue, celebrado hoje, os dados sobre o assunto não são os mais satisfatórios. Na região, o estoque atual de sangue, considerando o concentrado de hemácias, plasma, plaquetas, crioconcentrado e as unidades existentes no processamento do Grande ABC, é de 2.000 bolsas, para atender 11 agências transfusionais. Segundo a Colsan (Associação Beneficente de Coleta de Sangue), o número ideal seria entre 3.000 e 3.500.

Considerando os quatro postos de coleta – em São Bernardo (Hemocentro Regional), em Santo André (Hospital Estadual Mário Covas e Centro Hospitalar Municipal) e em São Caetano (Núcleo Regional de Hemoterapia) –, são atendidos diariamente cerca de 220 candidatos à doação de sangue, quando o número adequado seria 340 pessoas. Com uma única doação é possível salvar até quatro vidas.

A hematologista e integrante da ABHH (Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular) Maria Angélica de Camargo Soares avalia o número de doadores do Grande ABC, que possui população de 2,7 milhões de habitantes, como baixo. “A região tem um grande parque industrial, deveria ter estímulo junto às empresas e também às escolas”, considera.

Quando trabalhava em uma multinacional, o gestor público Décio Ventura Sousa, 50 anos, de Mauá, se reunia com os amigos para doarem sangue. Hoje, mesmo não estando mais na empresa, a iniciativa permanece. Até mesmo porque ele destaca já ter sentido a necessidade na pele, quando fez uma cirurgia para extrair o rim. “O Brasil ainda não se conscientizou da importância da doação, pois culturalmente não aprendemos desde criança”, diz.

“Se todos tivessem a consciência de quantas vidas podem salvar, este gesto faria parte da cultura”, diz a operadora de caixa Lilian de Andrade, 40, também de Mauá, doadora de sangue desde os 18 anos.

O jornalista Gilson Germano Cascardi, 35, de Ribeirão Pires, gostaria de doar, mas é restringido, por ser homossexual. “Não tenho comportamento de risco e poderia doar. Isso já ocorre em outros lugares”, pontua. Na França, a partir de março de 2016, a doação de sangue vai ser liberada para homossexuais que não tenham mantido relações sexuais com outros homens nos 12 meses anteriores.

 

AÇÃO

Hoje, às 9h, 100 policiais militares do CPAM-6(Comando de Policiamento por Área Metropolitano), responsável pelo Grande ABC, incluindo alunos do Centro de Formação de Soldados, doam sangue no CHM (Centro Hospitalar Municipal), em Santo André. “Fazemos um chamamento também à população para que participe”, convida o capitão Everaldo Zuliani.

No site www.colsan.org.br há informações sobre os requisitos para a doação.




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