Economia Titulo Extintor em veículos
Trabalhadores da Resil fazem protesto

Além da manifestação, comitiva foi a Brasília pressionar deputados a sustar norma do Contran

Por Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
28/10/2015 | 07:00
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Trabalhadores da fabricante de extintores Resil, de Diadema, realizaram ontem pela manhã manifestação na porta da fábrica e, depois, fizeram passeata pela Rodovia dos Imigrantes, como forma de protestar contra resolução do Contran (Conselho Nacional de Trânsito), de 17 de setembro, que retirou a obrigatoriedade do uso desses equipamentos nos carros de passeio.

A empresa, que até a semana passada contava com quadro de 850 funcionários, demitiu na segunda-feira 350, número que pode chegar a 420, por causa da queda de 60% na produção, como reflexo direto da medida do Contran. Isso porque tão logo a norma foi publicada, montadoras já suspenderam encomendas desses itens, que eram colocados nos veículos zero-quilômetro.

A mobilização dos empregados foi organizada com o apoio do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, que busca o cancelamento dessa medida. “Tentamos todos os canais oficiais do governo, nos encontramos duas vezes com o Kassab (o ministro das Cidades, Gilberto Kassab) e ele se comprometeu a dar retorno e não deu; então temos de colocar pressão”, afirmou o presidente da entidade, Rafael Marques.

Além da manifestação na região, caravana de metalúrgicos em quatro ônibus fretados foi a Brasília ontem para pressionar os parlamentares a votar a favor de projeto de decreto legislativo que susta os efeitos da resolução. Para Marques, a medida do Contran foi feita sem nenhum debate e depois de vários meses em que o Denatran (Departamento Nacional de Trânsito) vinha adiando a adoção de um extintor mais eficaz. “Não podemos aceitar que esse órgão cause a perda de mais de 1.000 empregos, com potencial de chegar a 10 mil”, disse.

“Não sou contra o debate, mas o procedimento foi errado”, avaliou. Em relação ao argumento de que vários países desenvolvidos não adotam mais o extintor, Marques rebate que, em muitos casos, é porque há sistema público de combate ao incêndio ágil e bem estruturado.   




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