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Contratações com carteira assinada chegam a 34.084
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19/12/2003 | 00:07
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Em novembro, o mercado de trabalho registrou um volume recorde de novos empregos formais. Dados do Ministério do Trabalho divulgados nesta quinta apontam a criação de 34.084 postos de trabalho com carteira assinada. Com isso, o mês passado foi, segundo o ministério, o "melhor resultado alcançado para novembro, em toda a série, iniciada em 1992". Os dados do Ministério do Trabalho têm como base o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) que todas as empresas do país são obrigadas a preencher e encaminhar ao governo toda vez que ocorre movimentação de pessoal.

Com números que vêm sendo sistematicamente positivos ao longo do ano, o Ministério do Trabalho estima que 2003 possa fechar com um saldo líquido superior a um milhão de empregos. Desde o início do ano, houve a criação de 945.351 novas vagas, o que representa o aumento de 4,24% em relação ao ano passado. Nos últimos 12 meses, afirma nota do ministério, a elevação atingiu 3,08%, equivalente ao incremento de 695.837 oportunidades de trabalho.

Os setores com melhor desempenho foram o comércio, com a abertura de 60.141 ocupações formais (+1,22%), e serviços, com a geração de 36.458 postos (+0,40%). De acordo com os técnicos, "por motivos sazonais", ocorreu queda no emprego na agricultura (-3,29%), na indústria de transformação (-0,24%) e na construção civil (-0,47%).

No comércio, surgiram 60.141 postos, o que supera o obtido no mesmo mês do ano passado (58.270 novas ocupações). Neste ano, o setor acumula a criação de 225.317 postos. Nos 11 primeiros meses do ano passado, porém, foram criados 277.570 postos. Os serviços registraram a criação de 36.458 ocupações em novembro, resultado bastante superior se comparado a novembro de 2002, quando houve geração de apenas 9.713 empregos. Esse setor manteve a liderança na criação de emprego neste ano, totalizando 334.815 novas vagas.

De acordo com a análise do ministério, a perda de 12.869 postos na indústria de transformação foi motivada pelo desempenho desfavorável da indústria de produtos alimentícios e bebidas, que suprimiu, por causa da entressafra no sudeste, 24.441 postos. "Ressalte-se, porém, que no transcurso do ano foi o ramo industrial que mais abriu vagas, totalizando 78.931 novos postos (+7,05%).

Os demais segmentos industriais assinalaram crescimento, com destaque para a indústria metalúrgica (+0,43%), indústria têxtil (+0,27%) e a indústria de papel (+ 0,50%). Apesar do resultado de novembro, a indústria de transformação acumula durante o ano a geração de 213.876 postos (+4,11%).

Os técnicos do Ministério do Trabalho explicam que os números do mercado formal não são comparáveis com a pesquisa mensal de emprego do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), por exemplo. A pesquisa do IBGE leva em conta os dados de toda a economia, inclusive a informal, e é feita por amostragem nas seis principais regiões metropolitanas do país. A pesquisa do IBGE mede o desemprego verificando o número de trabalhadores procurando emprego no período. Também não leva em conta aqueles que, por algum motivo, desencantaram-se e deixaram de procurar emprego.




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