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Lauro posterga proposta para 2ª e greve continua

Prefeito de Diadema adia anúncio de nova oferta salarial, mas Paço sinaliza com reposição da inflação

Por Leandro Baldini
Do Diário do Grande ABC
25/04/2015 | 07:00
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O governo do prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV), adiou para segunda-feira a apresentação de nova proposta de reajuste aos salários dos funcionários públicos, que estava prometida para ontem, a fim de encerrar greve, que completa hoje o 12º dia.

A expectativa do Sindema (Sindicato dos Funcionários Públicos de Diadema) era ter recebido no encontro de ontem de manhã, ocorrido no Paço, outra oferta salarial.

Apesar da frustração, o presidente da entidade, José Aparecido da Silva, o Neno, demonstrou otimismo quanto aos números. “Embora não tenham feito a proposta hoje (ontem), sinalizaram que vão chegar ao índice inflacionário, que era o que esperávamos, pelo menos. Contudo, decidimos por manter a paralisação e na segunda-feira, após o encontro na Prefeitura, faremos assembleia para definir pela aprovação ou recusa do plano”, relatou o dirigente.

A classe reivindica 11% de acréscimo, sendo 7,89% correspondentes à inflação e 3,11% de aumento real. O governo apresentou 3,5%, parcelados, o que foi rejeitado.

Sem a presença de Lauro, a reunião de ontem foi comandada pelo secretário de Finanças, Francisco José Rocha (PSDB); pelo de Governo e Educação, Marcos Michels (PV); de Assuntos Jurídicos, Fernando Moreira Machado; e de Gestão de Pessoas, Gesiel Duarte (PV). Segundo Neno, os secretários apresentaram diversos números mostrando a situação financeira do município e esboçaram propositura parcelada mensalmente. “O governo deixou a entender que o índice da inflação deve ser repassado aos funcionários de maneira fracionada, devendo ocorrer até dezembro”, acrescentou.

Os grevistas realizarão, durante hoje e amanhã, planfletaço por diversas regiões da cidade. No conteúdo, todos os motivos da adesão à paralisação, que foi iniciada no dia 15, e as demais solicitações à administração, como melhorias nas condições de trabalho e benefícios. De acordo com Neno, Lauro abriu diálogo com categoria após constatar crescimento da mobilização. “Desde o princípio afirmei que a greve era crescente. Hoje, por exemplo, conseguimos adesão de 60% somente no setor da Educação e 70% na Saúde, o que de fato deixou o governo preocupado. No Hospital Municipal do Piraporinha, o trabalho está sendo tocado por 30% do quadro, pois os demais aderiram pela paralisação.”

Por nota, a Prefeitura confirmou que houve “avanço na negociação com o Sindema”, garantindo que “a administração está realizando estudo para rever o percentual do reajuste, conforme melhorias na receita orçamentária do município” e “que na segunda-feira nova reunião ocorrerá para finalização das propostas”. 




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