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Unidades de Saúde estão com problemas
Daniel Macário
Especial para o Diário
25/02/2015 | 07:00
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Estrutura danificada e longa espera para atendimento. Esses são os relatos dos moradores do Jardim Santo André que precisam passar por uma das duas unidades de Saúde do bairro. Responsáveis por atender uma das populações mais carentes do município, a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) e a USF (Unidade de Saúde da Família) localizadas na região têm registrado reclamações diariamente.

A equipe do Diário esteve ontem na USF Jardim Santo André e notou mulheres e crianças aguardando até duas horas para passar com o médico que atendia no local. “Minha consulta estava agendada para o dia 10 e acabaram remarcando para hoje (ontem). Mesmo assim, cheguei no horário e estou na espera há duas horas. E a situação já foi pior. No início da gestação, cheguei aqui às 9h e fui atendida às 14h. A demanda é tanta que tem duas salas de espera. Quando esvazia uma, nos colocam na recepção de lá”, revela gestante de 5 meses, que preferiu não se identificar. Ela ainda relatou a precariedade no atendimento. “Na última vez que vim na unidade, esqueceram a chave do consultório. Dois médicos tiveram que atender numa única sala ao mesmo tempo.”

De acordo com as pacientes gestantes que estavam no local, um dos motivos da demora se deve à informatização do atendimento. “Quando a recepção tinha o livro, era mais rápido. Hoje, com computadores e senha, chegamos a esperar até uma hora para fazer a ficha”, relata a dona de casa Roberta Vieira de Castro, 24 anos. A moradora, grávida de 6 meses, estava acompanhada de sua filha e relatou as consequências do atraso. “Hoje minha menina vai perder a aula. Não tinha com quem deixá-la e, com a demora, não vou conseguir levá-la à escola.”

A unidade também apresenta problemas estruturais. Duas janelas estão quebradas e cobertas somente com um saco de lixo preto como proteção. Além disso, faltam copos plásticos nos bebedouros da USF. Quem desejava um copo tinha que se dirigir à recepção e guardá-lo para utilizar novamente.

Já na UPA, localizada na Rua dos Dominicanos e inaugurada em 2012, os problemas estruturais são ainda mais graves. Pouco depois da sala de medicação, buraco de porte médico no teto preocupa. Próximo ao local, diversos pacientes aguardavam atendimento de clínica médica e pediatria, já que apenas um profissional de cada área atendia no momento. Entretanto, por volta das 10h30, momento em que a reportagem estava no local, ambos estavam fora da sala.

Questionada sobre os problemas, a Prefeitura informou que a Secretaria de Saúde está implementando sistema de informatização dos serviços na rede municipal e que, em alguns casos, o sistema fica sobrecarregado e lento. Eventualmente, problemas que aparecem no servidor estão sendo reparados pelo Departamento de Tecnologia e Informação.

Sobre a demora para atendimento na USF, a nota esclarece que os agendamentos são realizados por grupo de até quatro pessoas e por hora. A demora, quando ocorre, se dá quando é atendido algum paciente com demanda mais complicada, o que atrasa as consultas seguintes.

Já a respeito dos vidros quebrados na USF e do buraco no teto da UPA, será realizada vistoria hoje no local, sendo que no último caso, a responsabilidade pelo conserto é da empresa responsável pela obra, cujo nome não foi informado pela Prefeitura. 




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