Política Titulo Disputa da mesa diretora
Sem apoio do PRB, Célio Boi dispara contra Yoshio e João Gomes
Por Júnior Carvalho
Do Diário do Grande ABC
28/11/2014 | 07:00
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Marina Brandão/DGABC


A decisão dos vereadores do PRB de Diadema, Ricardo Yoshio e João Gomes, em fechar apoio à chapa indicada pelo prefeito Lauro Michels (PV) na disputa pela presidência da Câmara irritou o vereador Célio Boi (PSB), que vinha negociando com a legenda para garantir vitória na briga pela escolha da mesa diretora do próximo biênio (2015-2016).

Na sessão de ontem, o socialista disparou contra os parlamentares e acusou a dupla de ter descumprido acordo amarrado anteriormente. “Eles (Yoshio e João Gomes) podem votar em quem quiser. Mas, antes disso, não assumam compromissos”, reclamou Boi, em entrevista à imprensa. Minutos antes, o socialista foi à tribuna para criticar o rompimento. Sem citar nomes, o parlamentar falou em “traição” e “falta de ética”. “Quando nos sentimos traídos ou quando traímos é porque rompemos com um acordo prévio em que a confiança se pauta na verdade de que algo deve ser cumprido”, discursou o socialista.

A candidatura de Boi à presidência do Legislativo estava sendo desenhada com apoio da bancada de seis vereadores do PT. O acordo contabilizava ainda adesão de Vaguinho do Conselho (PSB), Luiz Paulo Salgado (PR) e de Yoshio e João Gomes – exatos 11 votos necessários para que o projeto vencesse a provável chapa governista a ser encabeçada por José Dourado (PSDB).

O namoro entre Lauro e o PRB já era especulado pelos corredores da Câmara. Na semana passada, o presidente da legenda na cidade, Dario Barbosa, anunciou oficialmente a adesão ao nome de Dourado. O posicionamento causou desconforto no bloco formado por oposicionistas. Na segunda-feira à noite, em reunião a portas fechadas com o bloco oposicionista e com a dupla do PRB, Boi partiu para o ataque e criticou a falta de lealdade dos parlamentares. Na ocasião, Yoshio e João Gomes alegaram que a condução da presidência da Casa no primeiro biênio (2013-2014), liderada por Manoel Eduardo Marinho, o Maninho (PT), não ocorreu de forma democrática – constatação que foi rechaçada por Maninho.

Com a iminente adesão de Yoshio e João Gomes, a chapa encabeçada por Dourado tem vitória dada como certa, já que contará também com os dois votos do PSDB – dele próprio e de Atevaldo Leitão –, dos quatro do PV (Milton Capel, Lúcio Araújo, Zé do Bloco e Albino Cardoso), três do PR (Zezito, Talabi Fahel e Reinaldo Meira) e da peemedebista Cida Ferreira. Essa última, inclusive, cotada para ocupar a vice-presidência.

Boi informou que ainda não definiu se seguirá com a candidatura, mas reconheceu “dificuldade em prosseguir” com o projeto. Nessa linha, o PT já discute lançar nome na disputa.
Yoshio e João Gomes não quiseram se pronunciar. 




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