"Muitas palavras e nenhuma solução", afirmou o representante do Camboja, Nody It. O presidente da Comissão Européia, Romano Prodi, que participou da cerimônia de abertura na segunda-feira, admitiu que é necessário "retomar o debate", para que os países ricos participem mais ativamente das cúpulas deste tipo.
"Todos os líderes da Europa e Estados Unidos, sem exceção, vieram a Roma há duas semanas pela Otan, mas não vieram pelas 800 milhões de pessoas que morrem de fome", comentou o presidente da África do Sul, Thabo Mbeki.
O ministro da Agricultura do Uruguai, Gonzalo González, foi menos crítico. Ele considera que conseguiu criar um bloco de países para denunciar a política de subsídios que os países ricos adotam, que afeta gravemente os países em desenvolvimento.
"Acreditamos que a opinião pública mundial vai se sensibilizar com o problema, já que os recursos fornecidos pelos Estados Unidos e União Européia a seus agricultores causam mais distorção no mercado, a cúpula foi útil", afirmou o ministro da Agricultura da Bolívia.
A reunião, da qual participaram representantes de 183 países, serviu para que a maioria dos latinos-americanos denunciasse o problema, que deve ser analisado na próxima reunião da Organização Mundial do Comércio (OMC).
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