Prédio de S.Caetano, onde desabamento de laje deixou 102 desabrigados, segue interditado
A Prefeitura de São Caetano anunciou, ontem, que pretende demolir o Edifício Di Thiene, na esquina entre as ruas Conde Francisco de Matarazzo e Heloísa Pamplona, no bairro Fundação. O local está interditado desde 8 de junho, quando desabamento parcial da laje deixou oito pessoas levemente feridas e 102 desabrigados.
A decisão leva em conta resultado de laudo pericial da Defesa Civil e da Secretaria de Obras do município – conforme a Prefeitura, o prédio não possui condições de ser habitado, já que há risco de novos desabamentos.
Por meio de comunicado oficial, a administração destacou algumas medidas que serão realizadas nos próximos dias. Além de ingresso de ação judicial solicitando a demolição do edifício, a gestão de José Auricchio Júnior (PSDB) pretende desapropriar a área com base em avaliação do custo do terreno. Também foi destacado processo de interdição imediata de imóveis vizinhos, sem especificar, entretanto, quantas casas serão atingidas.
Outra promessa feita é o envio do projeto de lei à Câmara que cria auxílio financeiro às famílias vítimas do desabamento. O valor que será disponibilizado aos moradores não foi informado. Desde o acidente, as pessoas contam com abrigo no Clube da Fundação (Rua Ceará, 393).
Em paralelo, a Prefeitura tenta viabilizar junto ao governo do Estado a construção de unidades habitacionais, priorizando estas famílias prejudicadas. Ontem, a administração divulgou que a área que será cedida à CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano) de São Paulo fica entre as avenidas Guido Aliberti, Lions Club e a Rua Nelson, no bairro Mauá.
A promessa da CDHU é aportar cerca de R$ 120 mil por apartamento – por meio de financiamento que não comprometa mais do que 15% da renda familiar. O prazo para o término da obra é de 24 meses após seu início.
Na noite do dia 30 de junho, alguns moradores – que já fizeram protestos pelas ruas e na Câmara da cidade – tentaram invadir o Edifício Di Thiene. Segundo a Prefeitura, eles foram embora na madrugada, após “diálogo com representantes da Secretaria de Segurança”.
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