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O que é homofobia?

Termo símbolo de preconceito foi utilizado pela primeira vez na década de 1970

Luís Felipe Soares
Do Diário do Grande ABC
19/05/2019 | 07:05
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Pixabay


O dicionário explica a palavra homofobia como rejeiçao ou aversão a homossexuais (pessoas que sentem atração sexual por indivíduos do mesmo sexo) e à homossexualidade. Ou seja, faz referência a ações, atitudes e manifestações de quem não respeita homens que se relacionam com homens nem mulheres que mantêm relações com mulheres. A palavra foi utilizada pela primeira vez na década de 1970, nos Estados Unidos, e tornou-se termo comum que simboliza qualquer ato de discriminação contra a comunidade LGBTI+ (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transexuais, Intersexuais e Outros).

O Dia Internacional Contra a Homofobia foi festejado em 17 de maio. A data foi escolhida por fazer referência a este momento no ano 2000, quando a homossexualidade foi excluída da Classificação Estatística de Doenças e Problemas Relacionados Com a Saúde. Segundo a Organização Mundial da Saúde, responsável pela lista, o comportamento está ligado à personalidade do indivíduo, não sendo distúrbio mental de uma pessoa.

Para os homossexuais, os desafios no confronto com quem sente aversão à sua vida pessoal refletem em preconceito de diferentes formas, seja pelo fato de casais homoafetivos terem de enfrentar julgamento quando andam de mãos dadas em ambientes coletivos ou pessoas que se veem obrigadas a sair de casa mais cedo do que o planejado para diminuir conflitos com familiares que não as aceitam como são. Casos mais graves de aversão acabam em agressões físicas e até morte das vítimas, demonstrando que parcela da sociedade pode estar atrasada em relação à liberdade de expressão cada vez maior no mundo. 

O debate sobre a criminalização da homofobia no Brasil ainda está em aberto. Em fevereiro, o Supremo Tribunal Federal suspendeu temporariamente julgamento que avalia o fato em âmbito nacional. No Estado de São Paulo, já existe a Lei Estadual 10.948, de novembro de 2001, responsável por punir a discriminação por orientação sexual ou identidade de gênero. 

Levantamento realizado pelo Grupo Gay da Bahia aponta que, em 2018, houve 420 assassinatos de LGBTI+ brasileiros. Os Estados de São Paulo (58 casos), Minas Gerais (36) e Bahia (35) lideram o ranking com os maiores números de mortes. Neste ano, o País já registrou 141 óbitos dentro da comunidade, com média de uma morte a cada 23 horas.

Consultoria de Rai Neres, integrante do Coletivo LGBT Prisma da UFABC (Universidade Federal do ABC). 




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