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Paul McCartney está morto: entenda como surgiu e o que diz a teoria
Bianca Bellucci
Do 33Giga
13/02/2019 | 11:48
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Em 1969, Paul McCartney estava frustrado com o rumo que os Beatles estavam tomando. Tanto que chegou a cogitar – e depois levou adiante – a decisão de processar os outros integrantes. Assim, decidiu passar um tempo recluso em uma fazenda na Escócia ao lado de sua esposa e das duas filhas. Pelo menos essa é a versão oficial. Uma teoria da conspiração alega que o músico se escondeu para fugir do vazamento de que ele era um sósia. O verdadeiro Paul McCartney teria morrido em 1966.

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Onde surgiu a teoria

Os rumores começaram a circular primeiro entre os estudantes da Drake University, localizada em Iowa, nos Estados Unidos. Um artigo no jornal da escola foi publicado sob o título “Paul McCartney está morto?” Uma semana depois, o jornal da University of Illinois Urbana-Champaign, em Illinois, trouxe uma manchete ainda mais chamativa: “Indícios sugerem a possível morte de um Beatle”.

Mas o estopim só veio após Russ Gibb falar sobre a teoria na WKNR-FM, estação de rádio de Detroit, em Michigan. Com a repercussão do programa, o radialista chamou Fred LaBour, estudante da University of Michigan que tinha publicado um artigo com toda uma história por trás da capa do álbum “Abbey Road” e informações sobre a identidade do falso McCartney, para participar do show dois dias depois.

 
 
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Quem é William Campbell?

De acordo com a teoria de Fred LaBour, o verdadeiro Paul McCartney morreu no dia 9 de novembro de 1966. Após um acesso de raiva, o baixista saiu de uma sessão no estúdio Abbey Road e pegou seu carro. Acabou batendo o Aston Martin DB5 e foi decapitado no acidente.

Tendo acabado de lançar “Revolver”, os outros integrantes dos Beatles estavam desesperados. Então, resolveram fazer um concurso de sósias às pressas. O vencedor foi o escocês William Campbell, que passou por algumas cirurgias plásticas para ficar ainda mais parecido com o falecido integrante. Enquanto o novo McCartney era moldado, o Fab Four decidiu não fazer mais shows. Tudo para que o público não percebesse a substituição.

Pistas sobre a morte de Paul McCartney

Não demorou muito para que John Lennon, George Harrison e Ringo Starr se sentissem culpados por encobrir a morte de Paul McCartney. Assim, começaram a deixar pistas sobre a substituição do baixista nas capas dos discos da banda e até mesmo nas músicas em si.

As maiores evidências estão nas capas de “Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band” e “Abbey Road”. A arte do primeiro representa o funeral de McCartney. Além dos integrantes estarem em cima de uma cova recém-feita, as flores amarelas formam a silhueta de um baixo, que possui apenas três cordas – uma para cada Beatle vivo. Outra evidência é a mão aberta sobre a cabeça do músico, uma maneira de abençoar as pessoas que morrem.

Já em “Abbey Road” é possível ver a procissão fúnebre. Essa descoberta é de Fred LaBour. Aqui, Harrison representa o coveiro, Ringo é o agente funerário, Lennon é deus, e McCartney, o morto. Outra pista da capa é a placa do fusca ao fundo. Além das letras “LMW” significarem “Linda McCartney Widow” (“A viúva Linda McCartney”), traz “28IF”, referindo-se ao fato de que o baixista teria 28 anos se (“if”, em inglês) estivesse vivo.

Em relação às músicas, alguns trechos têm o objetivo de desmascarar a farsa. Em “Strawberry Fields Forever”, por exemplo, Lennon diz ao final: “I buried Paul” (“Eu enterrei Paul”). Já a letra de “A Day In The Life” é mais explicita, com uma estrofe contando como um motorista bateu seu carro após não ter observado o sinal mudar. Ainda é possível achar pistas em “I Am The Walrus”, “Glass Onion”, e muito mais.

O que o (suposto) Beatle tem a dizer

Logo que os rumores começaram a pipocar na imprensa, McCartney divulgou uma nota por meio da assessoria dos Beatles que dizia: “Estou vivo e bem. Mas, se estivesse morto, seria o último a saber”.

Mesmo assim, jornalistas passaram a tentar arrancar explicações do baixista. A primeira a fazer uma viagem até a Escócia foi Judith Simons, do tabloide britânico “Daily Express”. A entrevista, entretanto, foi vaga.

Quem arrancou uma boa declaração foram os profissionais da revista norte-americana “Life”. São eles: a escritora Dorothy Bacon e o fotógrafo Terry Spencer. Após um momento de fúria de McCartney, que chegou a jogar um balde contra a dupla, o artista deixou ser fotografado ao lado da família e afirmou: “É tudo uma maldita estupidez. Talvez os rumores tenham começado porque já faz algum tempo que não apareço na imprensa”.

Entretanto, isso não foi o suficiente para abafar a teoria. E certos especialistas também não ajudaram a encerrar o assunto. Até hoje. Em 1969, Dr. Henry Truby, da University of Miami, na Flórida, analisou três gravações pré e pós-1966 de McCartney e disse que não podia afirmar que era a mesma pessoa cantando.

Mais recentemente, em 2009, a edição italiana da revista “Wired” convidou dois cientistas forenses para analisar o crânio de McCartney antes e depois de 1966. Francesco Gavazzeni e Carlesi Gabriella acabaram encontrando evidências suspeitas. Diferenças no posicionamento das orelhas, no formato do palato e no ponto onde o nariz fica situado no crânio fizeram com que a dupla concluísse que não se trata da mesma pessoa.

Nenhum dos integrantes dos Beatles jamais assumiu publicamente se a teoria é verdadeira e se as pistas estão realmente lá. Paul McCartney segue dizendo que, de fato, é Paul McCartney – ou seria apenas uma esquiva de William Campbell?

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