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Hormônios e curiosidades
Faixa etária cheia de hormônios e curiosidades

Discussões reais e em produções para diferentes telas mostram importância de falar de sexo

Por Luís Felipe Soares
Diário do Grande ABC
20/01/2019 | 07:00
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Divulgação


As descobertas do corpo humano fazem parte do amadurecimento dos indivíduos. Acaba sendo questão de autoconhecimento e sobre como nós respondemos a estímulos de diversos tipos. O momento de explosão dos hormônios na adolescência faz com que os jovens busquem por respostas – e ampliem suas perguntas – em torno das ramificações do sexo. Mas todo um clima de mistério que ainda envolve o tema faz com que seu trato seja motivo de discussão para saber como ter informações e com quem compartilhar incertezas. Essa falta de resolução movimenta o mundo real e, claro, continua a ganhar reflexos nas diferentes telas.

No início do ano, o instituto Datafolha divulgou resultado de pesquisa que mostra que 54% dos brasileiros concordam que educação sexual deve ser debatida dentro das salas de aula, com 44% dos entrevistados discordando da ideia e 1% não tendo opinião certa sobre o tema. Recém-empossado presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL) já demonstrou apoio ao movimento Escola Sem Partido, responsável por pregar “lei contra o abuso da liberdade de ensinar” e que diz que o assunto deve ser tratado junto aos pais e familiares. Outro levantamento, desta vez realizado pela Federação Internacional de Planejamento Familiar, avaliou a introdução do tema no currículo educacional em países da América Latina, a exemplo de Argentina, Colômbia e México, e o Brasil ficou em último lugar no ranking.

“É um assunto extremamente necessário porque, por mais que seja algo natural, muitas pessoas têm incertezas sobre algumas situações”, comenta Bruna Casella Pintor, 18 anos, de Santo André, confessando que busca informações sobre sexo e cuidados com médicos e na internet. Ela acredita que as discussões no ambiente escolar são positivas, uma vez que muitas pessoas não têm certa intimidade em casa. “O assunto deveria ser passado desde o 8º ano, com alunos de idade entre 14 e 15 anos, porque cada dia mais vemos casos de gravidez e doenças a partir desta idade. Acho importante que aprendam mais sobre o sexo antes que realmente aconteça.”

Textos espalhados on-line também servem de apoio para que Vinícius Henrique Pattaro Medeiros, 19, tire possíveis dúvidas, uma vez que o garoto vê que a falta de naturalidade em torno dos caminhos da educação sexual complica sua evolução. “O fato de esse assunto ser tratado como tabu quando é algo tão normal de se fazer, desde os primórdios da humanidade feito pela reprodução e prazer, sendo somente algo físico ou não, espiritual ou não, não deveria ser evitado de se falar. É natural e instintivo termos interesse”, avalia. Ele também é a favor do debate inserido na grade curricular, principalmente para se “uma visão mais aberta tanto biologicamente quanto socialmente do que é o sexo em si.”

NOVA SÉRIE - A tensão e curiosidade juvenil sobre a relação sexual costumeiramente ganham alívio cômico por meio de séries e filmes. Mesclando situações de comédias teenagers norte-americanas com a acidez do humor britânico de sua origem, Sex Education tem chamado a atenção do público.

Na história da produção da Netflix, Otis (Asa Butterfield) vive a fugir das conversas com a mãe, uma terapeuta sexual, e usa toda a convivência com ela em sessões clandestinas com colegas da escola onde estuda sobre dúvidas como ejaculação retardada, problemas com ‘brincadeiras’ orais e comunicação improdutiva entre casais. Personagens se revelam com situações comuns e extremas, tentando ampliar o leque sobre universo de tema que sempre gera curiosidade e debates.  




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