Valor da passagem aumentará de R$ 4,40 para R$ 4,75 em Santo André e em São Bernardo
Dois municípios do Grande ABC confirmaram neste sábado (29) que seguirão o reajuste das tarifas do sistema de transporte coletivo adotado em cidades de todo o País. Os novos valores, que passam a vigorar nos próximos dias, foram anunciados pelas prefeituras de Santo André e São Bernardo. Em ambas, a passagem passará dos atuais R$ 4,40 para R$ 4,75.
Baseado em estudos técnicos e econômicos, o reajuste nas duas cidades, segundo as administrações municipais, visa equilibrar a receita do sistema que, nos últimos meses, tem sofrido com a alta nos preços do petróleo e mão de obra.
Em São Bernardo, onde o novo valor passa a valer a partir do dia 1º de janeiro, a alta do óleo diesel, que teve nos últimos meses aumento de 7,34% com impacto de 1,20% nos custos operacionais, foi um dos principais fatores para anúncio da medida.
No período, além dos insumos, salários e encargos com pessoal tiveram aumento de 3,50%, assim como o investimento com a frota e aplicação de soluções tecnológicas representaram em torno de 10% dos custos operacionais. “Considerando que a queda na demanda pagante permanece e hoje gira em torno de 1,6% resultando na significativa redução dos usuários que participam do pagamento do serviço municipal de transporte coletivo”, justifica o Paço.
A mesma situação ocorre em Santo André, onde o reajuste passa a valer a partir do dia 6 de janeiro. Na cidade, além da alta nas despesas, o sistema enfrenta ainda crescimento de 85% nos últimos seis anos no número de acessos gratuitos registrados no sistema de transporte público, por meio de benefícios concedidos pela própria Prefeitura.
Neste ano a projeção é a de que o sistema chegue a dezembro com quase 15,7 milhões de entradas em que passageiros tiveram custo zero.
Até o momento, as demais cidades do Grande ABC ainda não anunciaram o reajuste na tarifa.
CAPITAL
A confirmação do aumento da passagem na região ocorre um dia após a Prefeitura de São Paulo decretar reajuste na sua tarifa para R$ 4,30 a partir do dia 7 de janeiro. Segundo a gestão chefiada pelo prefeito Bruno Covas (PSDB), a medida atende a necessidade de adequação do sistema para sanar o atual desequilíbrio das contas. “Por dois anos, em 2016 e em 2017, a tarifa não sofreu qualquer reajuste, mantendo-se no valor de R$ 3,80, impactando o orçamento da prefeitura. Em 2018, houve aumento aumento abaixo da inflação”, justifica.
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