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Sexta-Feira, 26 de Abril de 2024

Palavra do Leitor
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Palavra do leitor
Brasil e o totalitarismo
Do Diário do Grande ABC
25/10/2018 | 11:44
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A palavra das últimas semanas foi violência. Os jornais estão noticiando agressões por todo o Brasil. Nas redes sociais, vídeos estão sendo divulgados registrando discussões, brigas, espancamentos e mortes. O País, que sempre se vangloriou de sua cordialidade, diversidade, alegria e amor, tornou-se a Nação do ódio e da violência. De que lado o ódio está? Da esquerda ou da direita? O ódio está do lado do totalitarismo. Infelizmente, a motivação da facada que fez de vítima Jair Bolsonaro foi a mesma motivação que matou mestre de capoeira, em Salvador.

O ódio, nesses últimos anos, tem sido gestado na alma do brasileiro, sendo alimentado pela angústia de País cindido, de direitos perdidos, de Educação e Saúde precárias, de corrupção generalizada e de parte da mídia que mais confunde do que informa. Tudo isso gerou, sem dúvidas, crises plurais: social, política, mental, ambiental etc.

Crises que são muito similares ao período alemão que precedeu o nazismo. Na história, vimos que o ódio, seja de qualquer povo, quando gestado, tem que escapar de alguma forma. 

E, na maioria das vezes, os povos elegem a forma mais primitiva e sombria para esse escape: a violência. Hannah Arendt (filósofa política alemã) aponta que o embrião desse movimento é o isolamento dos indivíduos, ou seja, deixar todos contra todos – de fato, cindir a população. E, então, fazer o povo crer em bipolaridade do que é verdadeiro e do que é falso. Do que é real e do que é irreal. De quem é o herói e de quem é o inimigo.

No Brasil, existe a dinâmica ‘pai-herói contra o mal’. Somos País que possui a alma do órfão ferido. Não temos fundador ou herói da Nação na história, tentaram enxergar o pai-herói em Tiradentes, em Vargas, nos militares, em Collor, em Lula, em Moro e, agora, em Jair Bolsonaro. Nessa polarização, considerar um como pai-herói é imputar no outro todo o mal existente. Essa é a dinâmica do bode expiatório, de Rene Girard (foi historiador, crítico literário, antropólogo, filósofo, teólogo, sociólogo e filólogo francês), cuja finalidade é a contenção das tensões sociais pelo derramamento de sangue, pela violência. Portanto, é sempre necessário ponderar a exaltação de um ou outro candidato.

Nossa recente pesquisa sobre contágio psíquico demonstra que parte da comunicação humana não se dá somente pela linguagem, mas também pelas emoções, sejam benéficas ou maléficas. O contágio psíquico é um dos formadores dos pensamentos e julgamentos da sociedade. O ódio é emoção, portanto, é contagioso. Ele não passa pelo crivo da racionalidade, ele está aquém dela. O ódio está na alma do brasileiro.

Leonardo Torres é doutorando e mestre em Comunicação e Cultura Midiática, palestrante e professor universitário.

Palavra do leitor

Turma de 1988 – 1 

 Faço parte de grupo que comemora os 30 anos da Turma de 1988 da Faculdade de Direito de São Bernardo. Estou passando para agradecer-lhe (Ademir Medici) a gentileza da veiculação da reportagem (coluna Memória) sobre a nossa confraternização (Setecidades, dia 18). Ficou muito boa. 

Rodolfo Venaglia

 Capital

Turma de 1988 – 2 

 Agradeço-lhe pela reportagem sobre nossos 30 anos. Ficou maravilhosa! Simples assim. Mais uma vez, muitíssimo obrigado pelo carinho. Estamos compartilhando pelo Facebook também. 

 Marco Antonio Chiarella

São Bernardo

Desidratação

 Sabe por que o Grande ABC reduziu os votos a você, ex-governador Geraldo Alckmin? Lembra das mudanças que eram provisórias na Linha 10-Turquesa da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) que fazia baldeação na Estação Brás para chegar até a Estação Luz? Você imagina quantos trabalhadores são obrigados a sair de suas casas muito mais cedo do que o habitual devido a isso? Quantos estudantes do período noturno perderam a primeira aula em razão dessa baldeação? ‘Mudança provisória’, segundo vossa excelência. Ex-governador, o senhor se lembra da carta que recebeu em 25 de julho de 2014? Sua arrogância pagou o preço. O senhor não será eleito nem para síndico se depender do Grande ABC. 

Francisco Inácio Pereira Rito

 Mauá

Resistência 

 Recentemente noticiou-se sobre lei criada por Saulo Benevides que beneficia servidores, no caso, os de Ribeirão Pires. Essa lei, aprovada e sancionada por ele, em 31 de março de 2015, enfrenta resistência da atual administração, que julga a norma não dando pareceres aos pedidos feitos aos recursos humanos. No meu caso, tenho processo administrativo do qual a gestão não se manifestou até o momento devido à resistência em determinar o gozo de licença-prêmio ou transformá-la em pecúnia, como diz na lei. Assim vivemos no estado de ditadura, onde os resultados das eleições mostram que políticos que têm baixo desempenho devem esquecer o poder. A sociedade não suporta mais ver a truculência e a falta de preparo de certos servidores. Ficarmos calados e no aguardo da boa vontade só nos leva à descrença e nos causa perplexidade. Se não dá para agradar a todos, também não devemos tirar mérito de quem merece só para favorecer meia dúzia de beneficiados.

Vandelem Cagosl

 Ribeirão Pires

Risco de extinção 

 Linda a manchete deste Diário ‘Pagamento do 13º injeta R$ 3,3 bilhões na economia regional’ (ontem). É para emoldurar e guardar, porque, se o ‘coiso’ for eleito, talvez nunca mais veremos esse tipo de reportagem.

João Arcanjo de Lima

 São Caetano

Promessas

 Só relembrando aos aposentados da Nação sobre algumas promessas de reajustes das aposentadorias: Lula, nas campanhas de 2002 e 2006, e Dilma, nas de 2010 e 2014, prometeram reajustes acima da inflação para recomposição das perdas históricas. Desnecessário dizer que as promessas não foram cumpridas. Haddad, em sua campanha atual, está prometendo a mesma coisa. Sinceramente, dá para acreditar? Lembre-se disso quando for votar no domingo.

Vanderlei A. Retondo

Santo André

Não vai trair 

 O cantor Mano Brown, ícone da música nacional, criticou duramente o PT. Falou algumas verdades. Mas, mesmo descontente com o partido, não vai trair os trabalhadores nem nega sua origem humilde, porque sabe que depois da eleição de domingo nós, os trabalhadores, seremos o alvo do fascista, do preconceituoso, do xenófobo, do incitador de violência e fã de torturador. Mano Brown vai votar em Fernando Haddad, porque votar em Bolsonaro é trair o povo brasileiro.

Simone Salomão de Lima

São Bernardo




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