Se eu e grande parte dos brasileiros fôssemos descrever o Brasil que queremos, um dicionário Aurélio e alguns anos seriam pouco diante da urgência e do tamanho dos problemas que enfrentamos. A prioridade é pensar, nos posicionar e nos mobilizar pelo Brasil que efetivamente precisamos, e para já.
A eleição majoritária que se aproxima é uma oportunidade, que deve ser exercida com responsabilidade, para que cada cidadão influa na direção que o País adotará, após desviarmos da rota de desenvolvimento em tempos recentes.
Ótima chance também terá o novo presidente eleito de adotar medidas que signifiquem um passo adiante na solução de questões relevantes, que ao serem deixadas de lado nos fizeram descer degraus na escalada do desenvolvimento e da competitividade. Só para citar algumas, as reformas da Previdência, tributária, política e econômica.
Maior ainda é sua responsabilidade, pois a falta dela, principalmente na forma de lidar com o dinheiro público nos últimos anos, tornou-se um fardo para o País.
Agora que os candidatos a presidente são conhecidos, começam a divulgar suas propostas para a área, formuladas, em alguns casos, por equipes muito capacitadas. Entre as que já ouvimos estão desburocratizar o estado, “destravar” a economia, cortar despesas do governo, adotar política econômica austera, realizar privatizações, reduzir o número de ministérios e até cobrar menos impostos dos mais pobres.
Sejam adotadas conjunta ou isoladamente, ações como estas e outras precisam reverter logo o quadro de desemprego preocupante no País. Basta vermos a enorme adesão aos mutirões de vagas, que atraem milhares de pessoas em busca de uma oportunidade. Dados recentes do IBGE mostram que o desemprego já atinge 13 milhões de pessoas. Outro dado alarmante é que o número de brasileiros fora da força de trabalho (que não trabalham nem procuram emprego) atingiu 65,6 milhões, o pior índice desde 2012.
Além disso, as famílias continuam com alto nível de endividamento. Segundo pesquisa da CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo), 59,6% das famílias tinham dívidas em julho – em junho, essa fatia era de 58,6%.
O Brasil que precisamos é aquele em que estes milhões de desempregados tenham de volta a dignidade do trabalho, que nos realiza como seres humanos e cidadãos. Uma recuperação real e concreta da economia, sem solavancos, vai criar condições para a geração de mais emprego e renda e, consequentemente, de mais consumo, e de forma saudável. Um cenário que vai naturalmente beneficiar o setor varejista de alimentos, o verdadeiro termômetro da economia.
Alvaro Furtado é presidente do Sincovaga (Sindicato do Comércio Varejista de Gêneros Alimentícios do Estado de S. Paulo)
Palavra do leitor
Concurso de redação
Muito interessantes os temas propostos aos estudantes da rede pública do Grande ABC nos concursos de redação promovidos por este Diário, em parceria com a USCS (Universidade de São Caetano). O tema deste ano, Uma Atitude Sustentável, pode mudar o mundo. Assim como os de anos anteriores, provoca nos alunos motivação para a pesquisa e conhecimento sobre os graves problemas que ameaçam o meio ambiente. Com certeza serão defensores de medidas protetivas ao planeta. Uma pena que sejam contemplados apenas os alunos da região. Acredito que em algum momento, com novas parcerias, seja possível incluir todos os alunos da Região Metropolitana e, quem sabe no futuro, do Estado, ou até do Brasil. Tenho certeza que essa geração conseguirá fazer pelo planeta o que a minha não conseguiu.
José Clovis Boaro
Santo André
Prata da casa
Reportagem publicada neste Diário (Política, 27 de agosto) mostra que cada voto depositado nos campeões de voto da última eleição, dois forasteiros, rendeu à nossa região um retorno em investimento público menor que R$ 0,50 por voto e por ano de governo. Lamentável que região com número de eleitores semelhante ao do vizinho Uruguai tenha apenas dois deputados federais. Muitos não sabem que o deputado pode interceder na dispensação de verbas para projetos de interesse público em cada cidade, por exemplo. Precisamos ao menos duplicar a representação na Câmara, elegendo representante que vote contra a corrupção e a favor de medidas econômicas e sociais que redundem em benefício de nossa população. Necessitamos de deputado estadual que persiga as ações essenciais para trazer o Metrô, melhorar o serviço da CPTM e descentralizar o atendimento da farmácia de alto custo do Hospital Mário Covas, entre outras ações. Vamos, pois, carregar o voto naqueles que mostrem nos conhecer e conhecer nossas necessidades.
Ruben J. Moreira
São Caetano
Criatividade
A charge publicada na edição de ontem deste Diário (Opinião) demonstra toda a criatividade e talento de Luiz Carlos Fernandes. Não foi à toa que Fernandes foi premiado no 45º Salão Internacional de Humor de Piracicaba. Parabéns por mais este belo trabalho!
Manoel Henrique A.Silva
Santo André
Política
Pesquisa recente mostrou que o senhor Lula tem aprovação de 60% dos eleitores do Nordeste. Muitos gostariam que ele fosse candidato a governador de Pernambuco, seu Estado de origem. Acho esta ideia brilhante e vai agradar a todos, coxinhas e mortadelas do Brasil. Sugiro que amigos, familiares e simpatizantes do grande líder o acompanhem e façam de Pernambuco um Estado Petista Independente. Será a grande oportunidade para os vermelhinhos tupiniquins mostrarem sua ‘competência’. Quero assistir de camarote quanto tempo vai durar o novo País, sem o dinheiro do contribuinte brasileiro. Nenhuma ideologia é sustentável de barriga vazia. Fazer política populista com dinheiro alheio é melzinho na chupeta.
Jose Machado
São Bernardo
Culpado, eu?
É provável que haja centenas de milhares de criminosos de todas as tendências procurando descobrir como foi que o condenado Luiz Inácio Lula da Silva conseguiu tirar um atestado de bons antecedentes zeradinho, o chamado ‘nada consta’, que é exigido para registrar candidatura ao cargo de presidente da República. Com ironia, por favor.
Luís Fernando Amaral
Laguna (SC)
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