Economia Titulo Nicho de mercado
Empresa da região aposta
em jaquetas blindadas

Movida pela preocupação com violência, indústria de
coletes à prova de balas mira o consumidor comum

Por Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
16/09/2012 | 06:21
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A preocupação com a violência urbana fez com que uma empresa de confecções da região criasse recentemente uma jaqueta à prova de balas para o consumidor final. O foco inicial, segundo a gerente industrial da indústria Tamtex, de Mauá, Fabiana Silvério Bertagnoli, foram os motociclistas, já que é alto o índice de roubos de motos, principalmente de alta cilindrada. E a procura do público em geral pelo produto tem surpreendido.

Fundada em 2003, a companhia surgiu para atuar no ramo de malhas industriais, e em 2008, resolveu dar uma guinada nos negócios e passou a industrializar e comercializar coletes à prova de balas para segurança privada, escolta armada, transporte de valores - segmentos em que a empresa já responde hoje por 4% do mercado total - e também para guardas municipais. "Já atendemos São Bernardo e prefeituras do Interior, como Salto de Pirapora e Jundiaí, e também outras do Paraná, Santa Catarina e até do Acre", afirma Fabiana.

O mercado da pessoa física, ou seja, o consumidor comum, é algo novo para a Tamtex. "Entramos nesse segmento neste ano, há três meses, e a aceitação tem sido muito grande. Temos capacidade para fazer 60 jaquetas mensalmente. No mês passado, já vendemos 25", diz a gerente. O presidente da companhia, Fábio Silvério, destaca que esse nicho já representa 12,5% do faturamento da empresa, que ainda é pequena (tem apenas 30 funcionários), mas vem em forte evolução: cresceu 25% em 2011 e projeta expansão de 25% neste ano, percentual com o qual fechará 2012 com R$ 2 milhões de receita. E, por causa da demanda em alta, planeja contratar dez pessoas.

 

CARACTERÍSTICAS - Blindada com aramida, material importado que também reforça os coletes destinados aos policiais, a jaqueta é confeccionada com acabamento externo em cordura ou couro, e com dois níveis de resistência: 2-A (resistente à .40 e 9mm.), que sai por volta de R$ 1.600, e nível 2, que suporta balas de .357 magnum e 9mm. Neste caso, o preço é R$ 2.100. Há ainda coletes em neoprene para pessoa física, que custam em média R$ 700.

A ideia, segundo Silvério, é aliar um ótimo produto à venda personalizada, "inclusive desenvolvendo projetos exclusivos, de acordo com a necessidade de alguns clientes"

 




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