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Governo aponta falhas da Fifa nas comunicações

O secretário executivo da Pasta, Cezar Alvarez, fez críticas severas ao planejamento da entidade

Por Thiago Silva
Do Diário do Grande ABC
29/06/2013 | 07:00
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Ao contrário do que costumava acontecer até então na preparação para a Copa do Mundo, com a Fifa criticando e cobrando o governo federal – como o polêmico caso do ‘chute no traseiro’ defendido pelo secretário-geral Jérôme Valcke –, agora foi a vez do Ministério das Comunicações subir o tom contra a entidade que controla o futebol mundial.

O secretário executivo da Pasta, Cezar Alvarez, fez críticas severas ao planejamento da Fifa para a Copa das Confederações em relação à telecomunicação.

O ministério fez reunião de balanço com a organização nesta semana, em Belo Horizonte. “A Fifa fez avaliação bastante positiva do nosso trabalho, mas fizemos avaliação bastante austera de algumas necessidades, como os tempos em que a Fifa nos dava informação, que pode ter prejudicado nosso trabalho”, afirmou Cesar Alvarez, o segundo nome do ministério, abaixo só do ministro das Comunicações, Paulo Bernardo.

Ele também deu alerta para a Copa do Mundo: “O tempo para os chamados key locations (locais-chave) tem de ser muito bem antecipado”.

Na semana passada, Cesar Alvarez havia reconhecido que o sistema 4G, uma das exigências da Fifa, não estava funcionando 100% nos seis estádios da Copa das Confederações. Na mesma entrevista, o secretário admitiu que seu celular não estava funcionando bem dentro do Maracanã – e não era dia de jogo, com milhares de pessoas tentando usar seus aparelhos simultaneamente.

Uma das críticas feitas por Cesar Alvarez à Fifa foi a demora da entidade em informar onde ficariam os centros de troca de ingressos, que precisam, por exemplo, de Internet funcionando. “Precisamos de tempo para preparar a rede para aquele shopping ou estacionamento. Outra coisa: onde realmente vão treinar os times?”, afirmou o secretário, citando o caso da seleção do Uruguai, que, às vésperas do início da Copa das Confederações, precisou trocar de centro de treinamento algumas vezes no Recife por causa da chuva.

“Não é obrigação direta contratual nossa (do governo federal), mas é sempre bom vocês (jornalistas) terem boa cobertura”, disse o secretário. Outro problema, segundo ele, foi o atraso das obras de reforma e construção das seis arenas que sediaram a competição. A infraestrutura de telecomunicações, de acordo com Alvarez, foi sempre a última a ser instalada.

E, com os atrasos (como no caso do Maracanã, que ficou pronto a somente semanas da competição), as empresas tiveram muito menos tempo para trabalhar. “Agora, para a Copa do Mundo, o prazo para os seis estádios é dezembro. Pode acontecer um mês antes ou depois, mas o tempo que teremos para junho será de cinco a seis vezes superior ao que tivemos agora.”




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