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Prevenção de câncer de colo de útero ainda é tímida

Palestra no Hospital Nardini traz explicações sobre o tema

Kelly Zucatelli
Do Diário do Grande ABC
12/07/2012 | 07:00
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O aumento dos casos de câncer de útero há pelo menos dez anos consecutivos e a falta da conscientização para o tratamento preventivo são temas da palestra aberta que o ginecologista-obstetra Alfredo Roberto Netto realiza hoje e no dia 19, às 15h, no Hospital Nardini (Rua Regente Feijó, 166 , Vila Bocaina) em Mauá.

Apesar dos avanços em recursos médicos e laboratoriais, o especialista salienta que ainda é grande o número de mulheres diagnosticadas com a doença. Na América Latina, aproximadamente 70 mil morrem por ano. No Brasil, esse tipo de câncer ocupa a segunda posição em mortes. "Geralmente o perfil das vítimas é com idades entre 25 e 35 anos e nível cultural baixo. A maioria contrai a lesão através do vírus HPV (Papilomavírus Humano), pois não segue os métodos preventivos nas relações sexuais", detalha o médico.

É comum, segundo o especialista, o diagnóstico da doença ser feito durante o período de gestação, quando, obrigatoriamente as mulheres passam pelo pré-natal. "Muitas não gostam de ir ao ginecologista e só tomam a iniciativa a partir dos 20 anos, período tardio, pois já têm uma vida sexual ativa desde a adolescência", pontua Netto.

Os gastos com os exames preventivos e essenciais é baixo perto dos custos despendidos com o tratamento. 
Para a realização do papanicolau - que deve ser feito anualmente para coletar células do colo do útero, a fim de identificar lesões pré-cancerosas - e a colposcopia - que permite a visualização de células mínimas - o sistema público de Saúde gasta em média R$ 7 por paciente.

Já o tratamento oncológico pode custar até R$ 300 mil durante período de sobrevida de até 5 anos - incluindo quimioterapia, radioterapia, internações e medicação de alto custo.

REGIÃO

Em Diadema, entre janeiro de 2011 e junho deste ano foram registrados 46 casos de lesão pré-cancerígena e um caso positivo para a doença.

A Prefeitura informou que as pacientes são encaminhadas para o Centro de Referência e Tratamento de Doenças Sexualmente Transmissíveis. Em parceria com o Quarteirão da Saúde e o Hospital Municipal, oferecem todos os procedimentos para o tratamento e intervenção de ampla complexidade.

A Secretaria de Saúde de São Bernardo registrou no primeiro semestre deste ano 29 casos de câncer de útero, ante 57 do mesmo período do ano passado.

As prefeituras de Santo André, São Caetano, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra não informaram sobre os casos diagnosticados.




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