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Treinador italiano salienta que Japão faz papel de coadjuvante

Para Zaccheroni, Brasil é o favorito e seu time ainda não está pronto para encarar potências

Por Thiago Postigo Silva
Enviado a Brasília
15/06/2013 | 07:00
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 A evolução da seleção japonesa é evidente nos últimos anos, mas a equipe inicia a Copa das Confederações como coadjuvante. O técnico do time nipônico, o italiano Alberto Zaccheroni, ainda disse que o adversário de hoje, o Brasil, é o principal candidato ao título.

“A Seleção Brasileira é a grande favorita a vencer a competição. Aliás, ganhou as duas últimas edições e tem diversos títulos. Por isso, estão à nossa frente”, frisou o comandante.

Segundo Zaccheroni, o Japão vai disputar a competição para avaliar como está o desempenho em relação às grandes potências do futebol mundial. “Acredito que o Japão melhorou muito nos últimos anos. A competição vai nos ajudar a medir em qual nível estamos”, explicou ele. “Ainda não estamos prontos para jogar de igual para igual. Tem um hiato entre nós e eles (as seleções campeãs mundiais). Mas o Japão é um país ambicioso e estamos fazendo o possível para diminuir esse hiato.”

O técnico assegurou que está curioso para descobrir a resposta. “A Copa das Confederações é muito importante. Temos todas as melhores equipes dos continentes, assim como os campeões do mundo”, destacou. “Estamos acostumados a jogar em várias situações, mas estou muito curioso com o tipo de melhorias que fizemos ao enfrentar seleções tão fortes. Espero que todos joguem com personalidade”, pediu.

Para o capitão da equipe, o meia Hasebe, jogar no Brasil já incentiva a seleção asiática. “Estamos muito felizes de disputar um torneio tão importante e enfrentar uma seleção fantástica logo de cara. Espero que seja muito proveito para nosso time”, afirmou o jogador.

Sobre a formação que enfrentará o Brasil, o italiano disse que não gosta de revelar a equipe antes dos jogos, mas assegurou que o astro do grupo, o meia Keisuke Honda, está à disposição. O jogador se recuperou de lesão recentemente. “Acredito que ele poderá jogar amanhã (hoje), aliás, todos os 23 atletas têm condições de começar a partida”, despistou.

Da casa, Wagner Lopes prevê dificuldade

Nascido no Brasil, naturalizado japonês. O confronto de hoje no Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília, vai deixar Wagner Lopes, técnico do São Bernardo, dividido. Revelado pelo São Paulo no fim da década de 1980, mas em 1987 mudou para o país do sol nascente.

Defendeu vários clubes por lá, inclusive a seleção japonesa na Copa do Mundo de 1998, além de passar pelo Gamba Osaka como treinador, em 2012. Ele, inclusive, comandou o volante Yasuhito Endo e o zagueiro Yasuyuki Konno.

“É um sentimento dividido, mas, ao mesmo tempo, penso que sou sortudo porque posso torcer para os dois times”, brincou Wagner Lopes. “Mas o Brasil precisa muito mais da vitória que o Japão, que já conquistou o objetivo principal, a classificação à Copa do Mundo de 2014”, destacou o treinador, em referência à competição que será realizada no Brasil.

Aliás, ele acredita que o Brasil não terá facilidade para conquistar a vitória e elogiou bastante a seleção asiática, principalmente sob o comando do técnico italiano Alberto Zaccheroni.

“Conheço muito bem os jogadores japoneses. Dos 23, 14 atuam no Exterior e em clubes grandes da Europa”, ressaltou o comandante. “Aquele problema de falta de confiança acabou com a experiência dos atletas”, completou. 

Para ele, os japoneses evoluíram bastante técnica e taticamente. “Eles não erram muitos passes, treinam exaustivamente o fundamento, principalmente porque têm disciplina. A alimentação também melhorou porque antigamente a comida era muito à base de peixe e os jogadores tinham problemas musculares”, explicou. “Talvez o que precisam corrigir são as bolas paradas. Ainda marcam a bola e não o jogador. Porém, evoluíram muito”, ressaltou o técnico.




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