Setecidades Titulo Meio ambiente
Cresce remediação de áreas contaminadas

Quantidade de terrenos reabilitados passou de 27,3% para 48,9% na região, diz Cetesb

Por Fábio Munhoz
Do Diário do Grande ABC
15/06/2013 | 07:00
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A quantidade de terrenos que passaram por processo de descontaminação no Grande ABC quase dobrou de 2011 para 2012, segundo relatório anual da Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo). Em 2011, 84 áreas estavam remediadas ou em processo de reabilitação – número que chegou a 163 no ano passado.

Em relação ao total de áreas contaminadas, a proporção também aumentou. Em 2011, os terrenos ‘limpos’ ou em processo de monitoramento somavam 27,3%, variável que chegou a 48,9% um ano depois. Os espaços que ainda estão em processo de monitoramento já foram descontaminados, mas ainda ficam em observação durante dois anos para que seja confirmado que a substância contaminante realmente foi retirada com sucesso. A quantidade total de áreas teve pequena alta, de 307 para 333.

O gerente do departamento de Áreas Contaminadas da Cetesb, Elton Gloeden, classifica como positivo o aumento de áreas descontaminadas. Ele atribui o crescimento ao endurecimento da legislação. Decreto publicado neste mês pelo governador Geraldo Alckmin estabelece multa de até R$ 77,4 milhões para proprietários que descumprirem as metas de recuperação do solo.

Do total de áreas contaminadas no Grande ABC, dois terços são ocupadas por postos de combustíveis, panorama que também é observado no Estado. As indústrias somam 23,7% dos terrenos, enquanto comércios são responsáveis por 6,3% dos locais.

Segundo Gloeden, a contaminação do solo por postos se dá no armazenamento do combustível. “São comuns ocorrências de vazamento no tanque ou em tubulações, que, em muitos casos, são antigas”, explica. O principal poluente que chega ao solo e pode atingir o lençol freático é o benzeno. No caso das indústrias, as substâncias encontradas com maior frequência são os solventes alogenados. Ambos os componentes químicos podem causar câncer, dependendo do grau de concentração e do tipo de contato.

O gerente informa que a recuperação das áreas dos postos começou em 2002, após publicação de resolução do Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente) que determinou a necessidade de licenciamento ambiental para esse tipo de estabelecimento. Uma das exigências apresentadas foi a investigação de possíveis contaminações nos terrenos. Desde então, diz Gloeden, cerca de 7.000 áreas ocupadas por postos de combustíveis foram recuperadas em todo o Estado. 




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