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Japão se nega a pedir desculpas por escravas sexuais na guerra
Da AFP
05/03/2007 | 08:54
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O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, voltou a negar nesta segunda-feira que os militares nipônicos tenham obrigado 200 mil mulheres asiáticas a trabalhar como prostitutas durante a Segunda Guerra Mundial, no momento em que aumentam as pressões para que Tóquio peça perdão pelo caso.

"Não existiu nenhuma coerção, como seqüestros, cometida pelas autoridades japonesas. Nenhum testemunho confiável corrobora isto", declarou o premiê conservador ao Parlamento.

De acordo com ele, as más condições econômicas e as mazelas locais foram os motivos que obrigaram as mulheres a prostituir-se para o Exército Imperial japonês.

O Congresso dos Estados Unidos deve examinar em breve um projeto de resolução do representante democrata Mike Honda que exige desculpas formais do Japão e sem ambigüidade.

Os líderes da direita japonesa, incluindo o próprio Abe, afirmaram em várias ocasiões que o Japão já respondeu por este atos.

Tóquio expressou em 1993 suas "sinceras desculpas e arrependimento", e reconheceu que o Exército japonês esteve envolvido "direta ou indiretamente" na escravidão sexual que, segundo os historiadores, afetou pelo menos 200 mil jovens asiáticas, em sua maioria coreanas.

"A resolução americana não está baseada em fatos objetivos nem leva em consideração as desculpas do Japão", criticou Abe.

O primeiro-ministro, que não esconde as opiniões nacionalistas, afirmou na semana passada que não existe nenhuma prova material de que os japoneses praticaram uma política sistemática de prostituição forçada.



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