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Bancos privados reduzem juros de crédito pessoal
Pedro Souza
Do Diário do Grande ABC
24/07/2010 | 07:00
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Enquanto as taxa básica de juros Selic subiu dois pontos percentuais entre 23 de julho de 2009 e ontem, passando de 8,75% ao ano para 10,75% ao ano, cinco dos grandes bancos privados reduziram o custo médio mensal do crédito pessoal em até 1,4 ponto percentual. E para o coordenador das pesquisas de juros da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade), Miguel Ribeiro de Oliveira, "a tendência é de mais reduções até o fim do ano, principalmente no último trimestre". A Selic é a taxa interbancária de juros, portanto é a primeira da cadeia e quando alterada, surge grande chance de alteração nas demais.

De acordo com informações do BC (Banco Central do Brasil), a maior redução foi do Citi. Os juros passaram de 4,78% ao mês, entre 6 e 10 de julho de 2009, para 3,38%, entre os dias 6 e 12. A publicação dos dados tem atraso de, aproximadamente, dez dias. O Bradesco aparece na lista com a segunda maior redução na comparação anual, com 0,46 ponto percentual. O banco cobrava no crédito pessoal, até o dia 12, juros médio de 4,58% ao mês.

Em seguida, o Santander reduziu 0,42 ponto percentual, o HSBC abaixou 0,26 ponto percentual e o Itaú Unibanco retirou 0,20 ponto percentual de sua taxa.

Porém, mesmo com as reduções, os públicos Caixa Econômica Federal e BB (Banco do Brasil) estão na frente quando o assunto é menor custo pelo crédito pessoal. Segundo a apuração do BC, a Caixa cobrava entre os dias 6 e 12, em média, 2,37% ao mês. E o BB mantinha 2,58%. Ambos aumentaram as alíquotas no período em comparação.

Crise - Oliveira explica que a crise foi o ponta-pé inicial para as reduções dos bancos privados. "Entre 2008, quando começou a crise financeira mundial, e maio de 2009, as instituições privadas reduziram a oferta de crédito e encareceram os custos", lembrou. Com isso, os bancos públicos ganharam boa parte do mercado dos privados.

Como a economia brasileira tomou o caminho do crescimento, os tomadores de crédito ficaram mais confiantes e, automaticamente, as taxas de inadimplência começaram a cair, destacou Oliveira. Portanto, para aproveitar o cenário favorável, os bancos privados aumentaram a oferta de crédito, e em nível de disputa de mercado, estão reduzindo os preços das operações de crédito.




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