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Justiça libera Pró-Matre à Prefeitura de Santo André
Por Valéria Cabrera
Do Diário do Grande ABC
19/08/2004 | 14:16
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A Prefeitura de Santo André conseguiu derrubar a liminar judicial concedida em fevereiro deste ano que a impedia de tomar posse da área onde será construído o Hospital da Mulher, no Parque Novo Oratório. A ação foi pedida pela direção do antigo Hospital e Maternidade Pró-Matre, que funcionou no local até 2001, quando deixou de atender pacientes do SUS. A alegação era de que a Prefeitura havia pago pelo imóvel à proprietária - Sociedade Missionária dos Franciscanos - e não oferecido contrapartida aos locatários do imóvel.

Com a liminar derrubada, a construtora Gomes Lourenço, de São Paulo, vencedora da licitação, já pode montar seu canteiro de obras. Segundo o secretário da Saúde, Michel Mindrisz, a empresa tem até 30 dias para iniciar a construção do hospital, que terá 5.365 m² de área construída, uma ampliação de 2.806 m² da área já existente. A liminar atrasou em três meses o início das obras. A previsão do secretário é de que o novo hospital esteja atendendo em 15 meses após o início da construção.

Toda a obra está orçada em R$ 3,7 milhões, sendo que R$ 2,5 milhões já foram liberados pelo Ministério da Saúde e R$ 1,2 milhão serão investidos pela Prefeitura. Em seguida serão gastos entre R$ 1,5 milhão e R$ 2 milhões em equipamentos hospitalares, recursos que a Prefeitura tentará conseguir também com o governo federal.

O Hospital da Mulher vai centralizar todo o serviço de ginecologia e obstetrícia, hoje sediado no Centro Hospitalar de Santo André. Serão 100 leitos, com capacidade para realizar até 400 partos por mês, tornando o município auto-suficiente em partos. Segundo Mindrisz, atualmente acontecem cerca de 350 partos por mês pelo SUS em Santo André, sendo que 50% desse total é realizado na maternidade do Centro Hospitalar. O restante é dividido entre o Hospital Estadual Mário Covas e a Santa Casa de Mauá.

Com a mudança da área de ginecologia e obstetrícia para o Hospital da Mulher, o Centro Hospitalar, que contava com 36 leitos para os procedimentos nesta área, será reestruturado para atender a outras especialidades médicas, que ainda não estão definidas.

A Casa da Gestante de Alto Risco, que hoje funciona em uma casa próxima ao Centro Hospitalar, também será transferida para o novo hospital. Outra novidade será o Centro de Parto Normal, uma sala fora do centro cirúrgico em que a mulher poderá ficar com o marido durante o nascimento do bebê. O local também contará com uma banheira de hidromassagem para que a gestante possa relaxar e não sentir muita dor antes do nascimento.




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