Internacional Titulo
Decreto islâmico proíbe nudez completa em ato sexual no casamento
Por Da AFP
08/01/2006 | 16:16
Compartilhar notícia


Um decreto (fatwa), que proíbe cônjuges de se despirem completamente durante o ato sexual, gerou uma grande polêmica entre os doutores egípcios da lei islâmica, a 'charia'. "Estar completamente nu durante o ato sexual invalida o casamento", sentenciou em um decreto religioso o xeque Rashar Hasán Jalil, ex-reitor da faculdade de Charia da Universidade de Al Azhar, a mais célebre do islã sunita.

Sua opinião desatou uma grande controvérsia entre os teólogos na rede de televisão por satélite 'Dream' e em artigos do jornal independente Al-Masry Al-Yom.

O chefe do comitê de fatwas da Al Azhar, Abdullah Megawer, considera que os esposos podem se olhar quando estão nus, mas desde que evitem a visão dos órgãos sexuais. Por isso, lhes recomenda que façam amor cobertos por uma manta, lençol etc.

Sem ser tão radical como o xeque Hasán Jalil, a diretora do departamento feminino dos estudos islâmicos em Al Azhar, Soad Saleh, afirmou para a "Dream" que não é proibido ficar completamente nu e o ato também não invalida o matrimônio, mas os cônjuges devem evitar tirar toda a roupa conforme os bons modos e pelo exemplo do Profeta.

Apesar do enfoque moralista, Saleh afirma ser partidária de tudo que cerca e faça os cônjuges se amarem.

Felizmente para alguns como Abdel Mooty, um famoso sábio da charia e membro do centro de estudos islâmicos, não há nada proibido durante o ato sexual, exceto a sodomia. Segundo ele, nenhum texto sagrado impede as pessoas de ficarem nuas ou de olharem o corpo do cônjuge quando fazem amor.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;