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Exército de Israel mata 11 palestinos na Cisjordânia
Por Da AFP
01/09/2002 | 11:12
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Em uma nova onda de violência nos territórios palestinos, registrada entre sábado e a manhã deste domingo, o exército israelense matou 11 palestinos em distintas operações realizadas na Cisjordânia e em um ataque contra uma colônia judia.

Quatro palestinos morreram perto de uma colônia judia de Hebron, na Cisjordânia, anunciaram testemunhas, que afirmam que se tratava de quatro operários da aldeia de Shuyuk que voltavam para casa depois de trabalharem em um canteiro.

As vítimas, todas em seus vinte anos, são Alaa Ayaidi, os irmãos Hossam e Hicham Jalaika e seu primo Attiya Jalaika, afirmaram os familiares.

Um porta-voz do exército israelense indicou que "os soldados fizeram uma emboscada contra quatro palestinos depois de terem recebido informações sobre uma tentativa de infiltração e um ataque contra (a colônia de) Kiriat Arba". "Os quatro palestinos morreram. Armas e material de sabotagem foram encontrados perto de seus corpos", acrescentou.

Além disso, um ativista palestino, Abdel Karim Bassam Sadi, 18 anos, morreu este domingo durante um violento tiroteio com soldados israelenses no acampamento de refugiados de Jenin, informaram fontes da segurança palestinas.

Bassam Sadi era filho do chefe local das Brigadas de Mártires da Al Qods, do movimento radical Jihad Islâmico e morreu com um tiro no peito durante a ação das forças israelenses, que penetraram no acampamento com dezenas de tanques e blindados.

Com estas novas vítimas o número de mortos desde o início da Intifada, há 23 anos, se eleva a 2.492, dos quais 1.829 são palestinos e 602 israelenses. Neste sábado, um ativista palestino e quatro pessoas, entre elas duas crianças, morreram e outras dez ficaram feridas em um ataque lançado por um helicóptero israelense na Cisjordânia, depois da prisão de um chefe do movimento radical islâmico Hamas.

Além disso, as forças israelenses mataram um palestino que conseguiu infiltrar-se na colônia judia de Har Braja, na Cisjordânia, ferindo dois colonos. Rafaat Daraghmeh, de 26 anos, chefe para a localidade de Tubas das Brigadas Mártires de Al Aqsa, vinculadas ao Fatah do líder palestino Yasser Arafat, e membro do serviço de inteligência militar palestino, morreu em seu veículo ao ser alcançado por três projéteis, segundo a segurança palestina.

Dois adolescentes de 15 anos, Yazid Abdelrazak e Sari Sbeih, que viajavam no automóvel, assim como uma menina de seis anos, Bahira Daraghmeh, e seu primo, Osama Daraghmeh, 10, que se encontravam perto, morreram no ataque. O exército israelense indicou que o ataque com helicópteros "fazia parte da luta contra as infraestruturas terroristas" e que lamentava a morte de "inocentes".

O negociador palestino Saeb Erakat classificou o incidente de "crime".




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