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Menino corre atrás de pipa e morre atropelado
Evandro De Marco
William Cardoso
Do Diário d
21/07/2008 | 07:13
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Deivid Aparecido Lourenço, 8 anos, morreu atropelado, anteontem, no quilômetro 14,5 da Rodovia dos Imigrantes, na altura da Vila Ida, em Diadema. O acidente aconteceu porque Deivid correu atrás de uma pipa que caiu na pista.

Pai da criança, o autônomo Alexandre Elvis Pereira, 38 anos, conta que o menino aguardava ansioso por uma viagem que deveria ocorrer no próximo fim de semana. Os dois iriam para o Rio de Janeiro, onde moram outros quatro irmãos de Deivid. "Era uma promessa por ele ter ido bem na escola no último semestre", afirmou.

O pai disse ainda que o garoto havia prometido, pouco antes de se verem pela última vez, não correr mais atrás das pipas perto da rodovia. "Foi uma fatalidade o que aconteceu."

O atropelamento ocorreu por volta das 18h. O menino invadiu a pista da Rodovia dos Imigrantes, sentido Baixada Santista. Quando passava pela quarta faixa, Deivid foi atingido por um Ford Mondeo dirigido por um aposentado de 60 anos, que estava acompanhado da irmã. O motorista não parou.

Com o impacto, o menino foi arremessado no canteiro central. Uma ambulância da Ecovias, concessionária que administra o sistema Anchieta-Imigrantes, levou Deivid até o Hospital Municipal de Diadema, mas a criança, que teve traumatismo craniano, não resistiu aos ferimentos e morreu. Ele foi enterrado ontem no Cemitério Municipal de Diadema.

O motorista disse no 1º Distrito Policial que Deivid estava no canteiro central e, de repente, apareceu na frente do carro e foi atingido pela lateral do veículo.

Segundo o delegado Angel Martinez, o aposentado afirmou que não podia prever que a criança atravessasse a pista naquele momento. "Ele disse que não teve tempo de desviar. Foi tudo muito rápido."

O aposentado ainda alegou que não parou no local do acidente porque não sabia o que havia atingido e também pelo local ser próximo de uma favela. No pedágio do quilômetro 20, o motorista viu uma viatura da Polícia Rodoviária Estadual e pediu ajuda. Ele vai responder por homicídio culposo (sem intenção de matar), mas conta até mesmo com a solidariedade do pai da criança. "Sei que ele não quis matar meu filho", disse.




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