Das 204 associaçoes filiadas à Federaçao Internacional de futebol, 203 estiveram presentes, só faltando a da Coréia do Norte neste desfile, que Blatter tanto temia. Principalmente depois do Congresso extraordinário de Los Angeles em julho de 1999, e da controvertida votaçao de 6 de julho passado do Comitê executivo da FIFA, concedendo a organizaçao da Copa do Mundo de 2006 à Alemanha.

Joseph Blatter pediu aos presentes a uniao sagrada em torno do "produto futebol" para expulsar "as novas forças provenientes dos círculos econômicos".

"Esse esporte nos pertence. Temos que conservar sua gestao. Essa deve ser nossa preocupaçao para o futuro", disse, lançando uma solene advertência: "estao sendo preparadas grandes batalhas, principalmente nas questoes das transferências, que alguns políticos nos querem impor a partir de setembro".

"Temos que nos preparar desde agora, estando unidos, sendo solidários e conseguindo que o passe de um jogador jovem seja comprado a partir dos 18 anos, e nao antes. É preciso pôr um ponto final à escravidao", enfatizou. Uma resoluçao neste sentido foi votada por unanimidade.

"Também é preciso lutar para corrigir as conseqüências negativas do caso Bosman, e conseguir impor a fórmula 6+5 - seis jogadores selecionáveis no time do país do clube em questao -" em meio a fortes aplausos na sala.

Preocupado em preservar esta nova unidade numa casa Fifa na qual apareceram ultimamente algumas fissuras (Copa do Mundo bianual, Congresso de Los Angeles, Mundial 2006), o presidente Blatter anunciou o apoio ao projeto Goal (ajuda financeira para as federaçoes mais pobres). "Queremos que cada associaçao possua sua própria casa, sua secretaria, seu campo de futebol", disse.

Apesar de o calendário internacional harmonizado, que funcionará a partir de 1º de janeiro de 2002, ter sido oficialmente aprovado pelos congressistas, os estatutos, por sua vez, deverao ser submetidos a um crivo para serem aplicáveis a partir de 2004.

Joseph Blatter nao escondeu uma certa alegria, ao receber um cumprimento do predecessor, o brasileiro Joao Havalange, pela "forma com que conduziu o Congresso Sepp...".