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Cruze chega por R$ 67,9 mil
Por Sueli Osório
Enviada a Düsseldorf
14/09/2011 | 07:00
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A General Motors apresentou em Düsseldorf, na Alemanha, seu novo sedã médio, Chevrolet Cruze, que chega ao mercado brasileiro para substituir o Vectra.

Comercializado em mais de 70 países - é produzido na Coréia, Austrália, Rússia, Estados Unidos, China, Venezuela, Tailândia, Vietnã e agora no Brasil -, o sedã será vendido em duas versões de acabamento (LT e LTZ), ambas equipadas com o novo motor Ecotec6 e transmissões de seis velocidades, tanto com opção manual como automática.

Com visual atraente, mas que não chega a ser ousado, o modelo chama atenção pela linha do teto arqueada, que se estende desde o inclinado para-brisa até os pilares traseiros.

A traseira é relativamente curta para um três-volumes, o que passa a mensagem de esportividade. Internamente, o habitáculo tem linhas harmoniosas e

fluidas.

Sob o capô, o motor Ecotec6 é flexível, tem 1,8 litro e 16 válvulas, entregando 140 cv com gasolina e 144 cv com etanol a 6.300 rpm. O torque máximo é de 17,9 mkgf com o combustível derivado do petróleo e de 18,9 mkgf com o vegetal, a 3.800 giros.

Com a caixa de transmissão manual, o Cruze vai da imobilidade aos 100 km/h em 10,8 segundos e atinge a velocidade máxima de 204 km/h com etanol. Já com o câmbio automático, o modelo leva 11,4 segundos para acelerar de 0 a 100 km/h e chega à máxima de 197 km/h quando abastecido com o combustível de origem vegetal, informa a marca da gravata dourada.

Para agradar ao consumidor brasileiro, que prefere condução mais firme, o produto global recebeu ajuste na suspensão, ficando cinco milímetros mais alto. "Acertamos a dureza das molas e a calibração dos amortecedores", afirmou Pedro Manuchakian, vice-presidente de engenharia de produtos da General Motors do Brasil.

Com 4,60 metros de comprimento e distância entre os eixos de 2,68 metros, o Cruze acomoda bem cinco ocupantes. No porta-malas,há capacidade para 450 litros de bagagem.

 

ITENS DE SÉRIE

Entre os equipamentos de série da versão LT - que custa R$ 67,9 mil com transmissão manual e R$ 69,9 mil com o câmbio automático - estão inclusos: direção elétrica progressiva, air bags frontais e laterais, ar-condicionado digital, freios ABS com PBA (assistência a frenagem de pânico), ESP (programa eletrônico de estabilidade), controle de tração, rodas de alumínio de 17 polegadas, volante com comandos para acessar as funções do sistema de som, controlador de velocidade e viva-voz com bluetooth, além de central multimídia com sistema de som AM/FM estéreo, CD player, MP3 USB, entrada auxiliar e seis alto-falantes.

A versão topo de linha, LTZ, que não sairá por menos de R$ 78,9 mil, conta ainda com air bags de cortina, bancos de couro em dois tons - preto e cinza -, central multimídia com tela LCD de sete polegadas e navegador GPS integrado ao sistema de som. Para agradar o consumidor local, que não dispensa a comodidade a bordo, a lista ainda conta com sensores de estacionamento traseiro e de aproximação - que dispensa o motorista de colocar a chave na ignição para dar partida, o que é feito por meio de botão start-stop no painel.

 

Expectativa de vendas

 

De acordo com Gustavo Colossi, diretor de marketing da Chevrolet, a expectativa da marca é de vender 2.500 unidades do sedã por mês, modelo que vai competir com os consagrados Toyota Corolla e Honda Civic. A versão LT automática deverá ser a mais vendida, com cerca de 80% do mix.

Para se ter uma ideia, segundo dados da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores), em agosto foram emplacadas 3.733 unidades do Corolla, 2.523 do Civic e 1.554 do Kia Cerato. No acumulado de janeiro até o mês passado, o Corolla está em primeiro lugar, com 32.216 veículos vendidos, seguido do Cerato, com 16.963, e do Civic, com 16.726 emplacamentos. O Chevrolet Vectra, cuja produção já foi interrompida, teve apenas 945 unidades comercializadas em agosto, e 10.656 no acumulado dos primeiros oito meses do ano. Agora, a rede de concessionários conta com estoque apenas da versão Collection, que deve durar até novembro.

 

Teste na pista

 

Nós testamos o Chevrolet Cruze em diferentes pistas da Adac (Allgemeiner Deutscher Automobil-Club), uma associação de

automobilismo, na cidade alemã de Grevenbroich.No local, percorremos trechos de asfalto molhado após passar por uma plataforma que se deslocava e fazia com que o carro saísse de traseira para avaliar o funciomanento do ESP, que permitiu corrigir rapidamente a trajetória do veículo.

Durante o teste foi simulada a condução em trecho coberto por neve em uma pista onde havia uma lâmina d'água e foi fácil controlar o sedã com o ESP ativado, em velocidade inferior a 40 km/h.

Também dirigimos o veículo na estrada, inclusive em trechos onde não há limite de velocidade, e o modelo não decepcionou, dando respostas rápidas quando solicitado. O três-volumes demonstrou ser bem estável, mesmo em curvas mais fechadas em alta velocidade.




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