Tomás Moro (1478-1535), humanista e jurista, autor de Utopia, chanceler da Inglaterra, decapitado por nao ter querido reconhecer a autoridade espiritual do rei após seu divórcio, foi beatificado em 1886 pelo Papa Leao XIII e canonizado por Pio XI em 1935.

O novo patrono será venerado pela comunidade de políticos católicos, que segundo a tradiçao da Igreja o considerará "protetor especial e advogado ante Deus".

O Jubileu dos governantes e protetores reuniu neste sábado e domingo mais de 2.500 parlamentares, provenientes de 93 países, entre eles 570 da América Latina, a maioria argentinos (429).

O Jubileu deve ser uma ocasiao para refletir sobre como "humanizar a globalizaçao, defender a pessoa e a liberdade religiosa e cancelar a dívida dos países mais pobres", afirmou o cardeal Roger Etchegaray, presidente do Comitê para o Jubileu, durante uma entrevista à imprensa no Vaticano.

"É importante que líderes políticos, crentes e nao crentes, possam reunir-se sem complexos sob a luz da própria consciência, com uma mesma plataforma, para refletir sobre temas espinhosos e urgentes", afirmou o prelado.

"É urgente reabilitar a política que é considerada como algo suspeito, desacreditada, cuja ética aparece confusa" estimou o cardeal. O senador vitalício Giulio Andreotti elogiou o evento que "marca o fim do mal-entendido entre a Igreja e o Estado".