“Com essas altas programadas um perito do INSS é capaz de adivinhar quando um trabalhador vai se recuperar da sua doença, não podemos aceitar essa situação, a melhor maneira de nós lutarmos contra isso é mostrarmos uma reação firme, forte e unitária”, crítica a deputada Federal Luciana Genro.

Histórias como a do carpinteiro José Carlos Scorse que tem Mal de Parkinson e arritmia cardíaca e mesmo assim foi liberado pelo INSS, vem se repetindo a cada dia nas repartições do Instituto. Ele está desde Janeiro sem receber o benefício. “Depois de negado, entrei com recurso e fiz mais duas perícias, eles me deram alta em todas, alegando que eu estou apto para o trabalho. Tenho 65 anos, na minha idade já é difícil o meu tipo de serviço, imagina doente. Contribui 26 anos com o INSS, estou inconformado com essa situação, está tudo muito difícil, por eu ser autônomo necessito de vários contatos profissionais, agora perdi todos em função da minha doença. Não posso subir em telhado e nem trabalhar em máquina como fazia, o médico do meu plano não me libera para trabalhar”, comenta Scorse.

INSS - Em entrevista realizada por telefone com a Assessoria do INSS em Brasília no dia 4 de Abril, a assessoria justifica o atual caos vivido pelo órgão ao déficit previdenciário e responsabiliza os cerca de 30 milhões de trabalhadores autônomos que não pagam a Previdência Social, como um dos motivos do rombo mensal nas contas do Instituto.

“É uma grande mentira pregada pelo governo que a previdência está quebrada, o sistema de segredada social do Brasil dá conta e sobra dinheiro! O faturamento da saúde está indo para saldar os juros da dívida pública, enquanto ele deveria ir para o sistema previdenciário brasileiro”, ressalta o deputado Federal Ivan Valente.