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Impactos da ação contra Donisete e Vanessa
Por Raphael Rocha
28/07/2020 | 00:01
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Na sexta-feira, o Diário mostrou que o ex-prefeito Donisete Braga (PDT) e a ex-deputada estadual Vanessa Damo (MDB), de Mauá, foram denunciados e viraram réus em ação por suposto caixa dois na campanha de 2012, quando ambos concorreram à Prefeitura – Donisete venceu a emedebista no segundo turno. Passados oito anos daquela disputa, ambos se apresentam novamente na corrida eleitoral. Suas campanhas, antes da denúncia formalizada pelo Ministério Público, já enfrentavam suspeitas de que não iriam para frente por impedimentos jurídicos. Donisete tem condenação em segunda instância. Vanessa chegou a perder o mandato de deputada por abuso de poder. Os dois vêm garantindo a eleitores e possíveis apoiadores que terão aval jurídico para concorrer. Com essa ação do MP, todos os argumentos precisarão ser reforçados. Tem gente no meio político que aposta que os dois não serão candidatos. Outros asseguram que eles virão, independentemente dos percalços junto à Justiça.

BASTIDORES

A fábula
A fábula do sapo e escorpião, que tem sido reproduzida na aliança entre o prefeito de São Bernardo, Orlando Morando (PSDB), e o deputado federal Alex Manente (Cidadania), também pode retratar a recente parceria de Morando com o vereador Julinho Fuzari (DEM). Julinho passou três anos como ferrenho opositor ao governo. Foi candidato a deputado estadual disputando votos na cidade contra a primeira-dama Carla Morando (PSDB). Mas, no fim de 2019, Julinho sentou-se à mesa com Morando e mudou para um partido da base da gestão. Não falta quem aponte que Julinho deu tiro errado no pleito deste ano porque se moldou como opositor, atraiu eleitores antitucano e, ao se aliar, pode ter perdido apoio desses eleitores sem conseguir adesão de quem gosta de Morando. O prefeito tem garantido que fará de tudo para que Julinho seja reeleito, numa relação, aliás, que causa estremecimento na base de sustentação.

Bares – 1
A decisão da Justiça paulista em proibir a abertura de bares e restaurantes após as 17h em Santo André e em São Bernardo ligou sinal de alerta em São Caetano. A cidade tinha, no sábado, autorizado o funcionamento desses estabelecimentos à noite, com objetivo de padronizar a atuação desse setor com os dois municípios vizinhos. Dirigentes de associações dos restaurantes da cidade já encaminharam mensagens a proprietários para não abrirem depois das 17h. Há possibilidade de a Prefeitura, inclusive, rediscutir esse decreto.

Bares – 2
A discussão judicial da abertura de bares e restaurantes depois das 17h vai reacender um debate que era travado em São Bernardo antes de a Justiça, na semana passada, ter autorizado o funcionamento noturno (aval esse que caiu no fim de semana). Três estabelecimentos localizados na tradicional Avenida Kennedy, no Jardim do Mar, abriam as portas sem que nenhuma fiscalização viesse importunar – Madero, Brasa e Bar Central. Os donos das demais casas reclamaram à Prefeitura e alegaram que nenhuma medida havia sido tomada. Agora, com a queda da liminar e o impedimento do funcionamento à noite, esperam que a regra seja respeitada por todos.

Sinceridade – 1
A declaração do ex-prefeito Luiz Carlos Grecco (PSDB) a este Diário se colocando como candidato reserva ao atual chefe do Executivo de Ribeirão Pires, Adler Kiko Teixeira (PSDB), causou rebuliço dentro do governo tucano. Primeiramente porque, até então, nenhuma figura da gestão tocava publicamente no assunto de Kiko não concorrer – o atual prefeito enfrenta problemas na Justiça e corre risco de não ter viabilizada sua candidatura à reeleição.

Sinceridade – 2
Outro ponto comentado dentro do governo de Adler Kiko Teixeira (PSDB) em Ribeirão Pires: as frases de Luiz Carlos Grecco (PSDB) escanteiam por completo o vice-prefeito Gabriel Roncon (PTB). O petebista era considerado, nos bastidores, o substituto natural caso Kiko fosse impedido de concorrer à reeleição. Pelas falas de Grecco, a situação não é bem essa. 




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