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Incubada exporta jeans para África
Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
31/07/2005 | 08:23
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Com o apoio da incubadora de empresas do município, uma microempresa de São Bernardo começa a desbravar o mercado africano. A Phylimaken Confecção e Exportação, instalada dentro da incubadora, acertou há poucos dias a venda de um lote de itens de confecção (calças jeans), estimado em US$ 7 mil, para Angola, e deverá em breve alcançar novos mercados naquele continente.

A empresa obteve no ano passado apoio do programa da incubadora - criado pela prefeitura em parceria com o Sebrae (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) para tentar reduzir a mortalidade de microempresas nos primeiros anos de existência. O programa oferece suporte técnico e de infra-estrutura para empreendedores com projetos de potencial viabilidade econômica.

Com a ajuda da instituição, o sócio-proprietário, Kenneth Asante, fez a primeira exportação em junho último, por meio de um representante angolano. Também iniciou contatos com potenciais clientes em Gana. As vendas de confecções para esse último país devem ser iniciadas em outubro, segundo o empresário.

Asante afirma que as perspectivas em relação a Gana são promissoras, já que há expectativa de parcerias com redes de escolas para a venda de produtos com a marca PMK (de Phylimaken). Para testar o mercado, ele projeta enviar outra remessa, de 200 peças, que deve significar receita de R$ 2,5 mil.

No entanto, até janeiro do ano que vem, espera acertar detalhes de uma proposta para estabelecer uma joint-venture e montar um centro de distribuição de produtos (jeans, camisas e uniformes e depois também móveis e cosméticos fabricados por outras empresas) com a marca PMK para as redes de ensino. Dessa forma, a meta é atuar não só como confecção, mas como comercial exportadora, negociando itens de terceiros.

Asante, que é nascido em Barbados (no Caribe) e está há oito anos no Brasil, tem ascendência de Gana (seu bisavô era ganense). O microempresário, que também é professor de inglês, acrescenta que já realizou trabalho exploratório em relação ao potencial de vendas de lá. De colonização britânica, Gana recebe muitos produtos dos Estados Unidos e da Inglaterra, segundo ele. Isso traz uma vantagem competitiva para os itens brasileiros: o custo maisbaixo. "Podemos vender um pouco mais barato", diz.




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