A candidata do PSB ao governo do Rio de Janeiro, Rosinha Matheus, pode deixar o marido, Anthony Garotinho, candidato à Presidência da República, impedido de disputar algum cargo eletivo pelo Estado até 2006 se vencer a disputa, e se Garotinho não conquistar a sucessão de Fernando Henrique Cardoso. Segundo as pesquisas de intenções de votos, as possibilidades devem se confirmar, já que Garotinho está em quarto lugar e sua mulher lidera com folga, podendo até mesmo acabar com as eleições no primeiro turno.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) considera o mandato de Rosinha, na prática, como reeleição por parentes, segundo informações da edição desta sexta-feira do jornal O Globo. Assim, estariam ao presidenciável duas alternativas: deixar o Rio e se candidatar a prefeito ou vereador em outro Estado em 2004, ou esperar a próxima eleição geral em 2006. Mesmo assim, ele poderia apenas concorrer novamente à Presidência da República, já que parentes de governadores não podem disputar nenhum cargo na mesma circunscrição eleitoral.

No caso de Rosinha, ela apenas foi liberada para disputar o governo do Rio porque o TSE entendeu que apenas mulheres de governadores que estivessem no primeiro mandato poderiam se candidatar ao mesmo cargo do marido. Caso contrário, os ministros entendem que haja um continuísmo político.