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Remake para tentar reaquecer o cosmo

História da série ‘Os Cavaleiros do Zodíaco’ ainda agita fãs e tem nova animação pela Netflix

Por Luís Felipe Soares
Do Diário do Grande ABC
21/07/2019 | 07:06
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Divulgação


A jornada dos guerreiros das estrelas em proteção à reencarnação da deusa Atena (símbolo de sabedoria e guerra) tem sido contada desde os anos 1980. Os Cavaleiros do Zodíaco nasceu em mangá, com texto e ilustrações do japonês Masami Kurumada, sendo apresentado para diferentes gerações desde então. Trata-se de universo recheado de simbologias de constelações que ajudam jovens especias de diversas parte do planeta a ganharem poderes que os deixam capazes de rasgar o céu com um movimento de mão e abrir fendas na terra usando a força de seu chute. O desafio da história é se manter em evidência depois de mais de três décadas, tendo a ajuda de remakes, reformulações e adaptações. 

Japão e Europa contam com grande massa de fãs, com o Brasil tendo se rendido à série a partir de 1994, quando a extinta Rede Manchete estreou a animação clássica no País. O sucesso marcou época e ainda reverbera. “Mexeu com a vida da galera da época. Os elementos da série, como envolvimento com mitologia, a presença dos signos, que é um tema popular, e as batalhas chamaram a atenção. As crianças se indentificavam bastante com os personagens. O momento também era perfeito porque não havia nada parecido na TV na época. Foi um fenômeno”, afirma Eduardo Vilarinho, criador do site CavZodíaco (www.cavzodiaco.com.br), maior portal brasileiro do universo do seriado. Versão redublada estreou no começo dos anos 2000, pouco tempo depois da chegada dos quadrinhos ao mercado nacional.

Fãs de todo o mundo voltam seu foco agora para as ideias que a Netflix tem sobre Seiya (Pégaso), Shiryu (Dragão), Hyoga (Cisne), Shun (Andrômeda) e Ikki (Fênix). Na sexta-feira, o serviço de streaming colocou em seu catálogo Saint Seiya: Os Cavaleiros do Zodíaco, animação com gráficos em 3D – lembrando um pouco o estilo dos personagens mostrados nos atuais games. Trata-se de parceria com o estúdio oriental Toei Animation, responsável pelo desenho original oitentista. A história é basicamente a mesma: adolescentes surgem como representantes de poderosos heróis na era moderna e precisam ‘queimar’ seu cosmo ao máximo para proteger perigos que rondam a jovem Sienna, nova versão de Atena na Terra. São seis episódios, cada um com duração de 24 minutos.

“O projeto da Netflix tem enorme potencial para pegar um público novo, principalmente por ser bem infantil, mas a galera mais antiga quer o foco neles, sempre. O problema é que o mercado não funciona assim. Ao mesmo tempo, são os fãs antigos que carregam a série à décadas”, analisa Vilarinho, citando que uma peculiariade de quem acompanha os Cavaleiros é que costumam gostar somente do seriado favorito, não abrindo espaço para outros mangás e animês. “Há um bloqueio claro. Acho que seria legal pegar a ideia da computação gráfica, mas trabalhar bem a questão do roteiro. A série nova está sendo feita nos Estados Unidos e tem uma diferença clara de abordagem. É um assunto complicado.”

O remake já coleciona certas polêmicas e pontos de discussão desde seu anúncio e revelação de vídeos promocionais. Entre alterações de nomes e detalhes de certas cenas, o maior debate está sobre Shun, originalmente um rapaz sensível e um tanto quanto andrógino que, agora, foi substituído pela garota Shaun, mas mantendo o chamativo cabelo verde e armadura rosa. Perigos vindos de constelações e mitologia estão prontos para reaparecer, com guerreiros sempre dispostos a protagonizar combates e ser motivo da agitação dos fãs, sejam eles crianças, adolescentes ou adultos. 




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