A Prefeitura de Diadema deve começar a municipalização das medidas socioeducativas em meio aberto no ano que vem. O primeiro passo será a criação de um Centro de Liberdade Assistida, com vagas para 150 jovens. Instalado no centro da cidade, o local será gerido pela ONG Dom Décio. O Estado arcará com 80% dos custos e Diadema, com 20%. O município também pretende criar um espaço para o cumprimento de medidas em semi-liberdade. A Prefeitura, afinada com a Justiça local, apostas em punições mais leves para aumentar a possibilidade de reabilitação e inclusão social dos jovens.

<P>A primeira proposta é que tanto a liberdade assistida como a semi-liberdade funcionassem no terreno do Clube da Turma, próximo à Prefeitura, que já do Estado. A Febem ainda analisa a proposta. Mas garante: Diadema não terá unidade de semi-liberdade antes da implantação de um centro de internação em regime fechado, que deve ter terreno cedido pelo município. "Estamos fazendo um esforço no sentido que de sejam mais em meio aberto que regime fechado. A socialização é muito melhor", afirma a secretária de Ação Social, Cormarie Guimarães Perez.

<p>Se depender da Justiça e do Ministério Público, o número de jovens em meio aberto e semi-liberdade deve aumentar. "Há um ano, tínhamos três adolescentes em semi-liberdade. Hoje temos de 25 a 30 adolescentes", afirma o promotor João Marcos Costa de Paiva. Segundo a Febem, o número exato de jovens cumprindo medidas em semi-aberto é 26. Em Santo André, cidade que apresenta número de internos semelhante a Diadema, dois jovens estão em semi-liberdade. "O índice de reinserção é muito mais alto que em regime fechado", explica o promotor Costa de Paiva.