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Há 36 dias sem chuvas, região sofre com a baixa qualidade do ar

Especialista chama atenção para doenças respiratórias nesta época

Por Bianca Barbosa
Especial para o Diário
19/07/2018 | 07:00
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Claudinei Plaza/DGABC


 A última chuva significativa na região aconteceu no dia 13 de junho, segundo o CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências) ABC. O tempo seco e a baixa qualidade do ar fizeram muita gente correr para o pronto-socorro por causa de problemas respiratórios.

“Tosse seca, incômodo no nariz, garganta e olhos.” Estes foram os sintomas descritos pela professora aposentada Maria Doralice dos Anjos, 69 anos, na tarde de ontem. Moradora do bairro Santa Paula, em São Caetano, Maria disse que se queixa dos mesmos problemas sempre que o tempo fica seco, e por isso já sabe até algumas receitas para melhorar.

“Tomo muita água, coloco toalha molhada na cabeceira da cama quando vou dormir e sempre ando com uma toalhinha na bolsa, para molhar e passar no rosto”, relatou. A aposentada não sabe, mas a qualidade do ar vai piorar ainda mais na cidade.

Segundo boletim do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC e GGE, um sistema de alta pressão, associado com massa de ar seco, continuará atuando na região. A comparação entre ontem e hoje mostra que São Caetano terá queda na previsão mínima da umidade do ar, de 20%, que já era crítico, para 15%, com vento fraco e temperatura na casa dos 28ºC. Em Diadema, o ar também fica seco, com a mesma umidade de São Caetano. No restante da região, a umidade segue com mínima na média dos 20%.

Para lidar com os problemas causados pelo tempo seco, o pneumologista do Hospital Brasil Jonathan Fernandez seleciona algumas dicas: “Sempre manter boa hidratação oral, usar umidificadores de ambiente ou bacias com água pela residência e realizar lavagem nasal com soro fisiológico.”

Os atendimentos na rede pública de Saúde de São Bernardo aumentaram 30% nos últimos dias, considerando o tempo seco. Em nota, a Prefeitura informou que “o número foi baseado na média atendida pelas nove UPAS (Unidades de Pronto Atendimento), com 300 por dia. As crianças são as principais vítimas das doenças respiratórias.”

Em nota, a Prefeitura de Ribeirão Pires respondeu que a média de atendimentos de crianças nos meses de maio e junho foi cerca de 20% superior em relação ao primeiro quadrimestre do ano passado, período em que a média era de cerca de 1.630 atendimentos por mês, segundo dados da Unidade de Pronto Atendimento Santa Luzia.




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