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Após ação, Kina fala em pressão de suplentes

Reserva do PSB pede, na Justiça Eleitoral, o cargo do vereador Almir Cicote, de Santo André

Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
07/06/2018 | 07:00
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Vereador em exercício de Santo André, Jorge Kina quebrou o silêncio e alegou ter recebido pressão de suplentes da sigla para protocolar ação no TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo) por infidelidade partidária contra o presidente da Câmara, Almir Cicote, que, em abril, migrou do PSB para o Avante.

“Com pressão de suplentes dei entrada no processo. Estou fazendo o papel dos suplentes ou de qualquer filiado do PSB”, pontuou. O socialista exerce o mandato desde agosto com a licença de Roberto Rautenberg (PRB).

Ao ser questionado sobre a origem das cobranças, Kina sustentou que arrolou alguns dos substitutos envolvidos como testemunhas na peça junto à Justiça Eleitoral ao citar nominalmente Donay Neto, presidente do PSB andreense, e o ex-parlamentar Marcos da Farmácia (PSB), além de Marcos Brete, filiado à legenda. “Eu os coloquei de testemunhas. Na verdade, a questão não é a pessoa do Cicote. Nada contra ele, mas a vaga é do partido. Se fosse qualquer outro (nome), iriam tomar a mesma atitude”, disse, reiterando receio de retorno de Rautenberg à Câmara. “Em algum momento, ele pode voltar, e todos sabem (...), como suplente, mandato não tem identidade.”

Kina recebeu 3.073 votos no pleito de 2016, ficando na primeira suplência. Eventual cassação de Cicote abriria hoje assento provisório a Marcos da Farmácia, que obteve 2.467 sufrágios e é segundo reserva. Já Donay registrou 1.051 adesões, o que rendeu saldo de quarto suplente. O presidente do PSB municipal relatou, na ocasião, que a sigla manteve o acordo apalavrado entre Cicote e o governador de São Paulo, Márcio França, mandatário licenciado da sigla na esfera paulista, de que a cadeira não seria requisitada.

Sobre ser testemunha no processo, Donay afirmou que entra sob contexto de falar sobre a participação ou não de Cicote, como filiado, nas atividades partidárias. “Não tomarei partido para A ou B, mas para tratar do ponto de vista se havia vida ativa (na sigla). Não vejo problema”. Cicote já frisou estar tranquilo quanto à manutenção no cargo eletivo.  




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