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Rússia recorre a brasileiro e tenta evitar vexame em casa

Anfitriões vivem má fase e sonham com vaga para não repetir África do Sul em 2010

Por Anderson Fattori
Do Diário do Grande ABC
05/06/2018 | 07:00
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União de Futebol da Rússia/Divulgação


O Diário publica de hoje até quarta-feira, dia 13, raio X das 32 seleções que vão disputar a Copa do Mundo de 2018, na Rússia. Nada melhor do que iniciar a série com o país anfitrião, que abre a competição dia 14, contra a Arábia Saudita, em Moscou, pressionado pelos resultados ruins nos amistosos que antecedem o Mundial.

A Rússia tem uma das piores gerações de sua história. A falta de opções fez o técnico Stanislav Cherchesov recorrer ao brasileiro naturalizado Mário Fernandes. Nascido em São Caetano, o jogador de 27 anos defendeu o Azulão e o Grêmio antes de desembarcar no futebol russo, em 2012. Chegou a ser convocado para a Seleção Brasileira por Mano Menezes, em 2011, mas recusou alegando problemas pessoais.

Zagueiro, Mário Fernandes tem atuado na lateral direita. Mesmo assim, a defesa, que não conta com os veteranos irmãos Vasiliy Berezutski e Aleksey Berezutskiy, tem sido o ponto fraco dos anfitriões. Só neste ano, nos três amistosos até agora, os russos sofreram sete gols – 3 a 0 para o Brasil, 3 a 1 para a França e 1 a 0 para a Áustria. Já são seis jogos sem vencer – a última vitória foi em outubro, quando aplicaram 4 a 2 na Coreia do Sul.

A torcida da casa espera que Fedor Smolov, atacante do Krasnodar, possa carregar o time nas costas. O jogador de 28 anos é o maior astro do país e artilheiros dos últimos dois campeonatos russos. Mesmo assim, a falta de rodagem contra grandes clubes da Europa pode prejudicar o atleta, que espera usar a Copa do Mundo para chamar atenção.

Mesmo que as expectativas não sejam muito boas, o sorteio proporcionou boa chance de a Rússia avançar para o mata-mata e evitar uma humilhante eliminação precoce – até hoje, a África do Sul, em 2010, foi a única anfitriã eliminada ainda na primeira fase.

A estreia contra a Arábia Saudita será uma final. A vitória joga a responsabilidade para o Egito, que não sabe se terá o astro Mohamed Salah (leia ao lado). De qualquer forma, os russos têm consciência de que estão fazendo a festa, mas participarão pouco dela.

TIME BASE: Akinfeev; Mário Fernandes, Kudryashov, Kutepov, Granat e Zhirkov; Zobnin, Dzagoev, Golovin; Alexei Miranchuk e Fedor Smolov.

Favorito, Uruguai aposta em dupla composta por Cavani e Suárez

Será grande decepção caso o Uruguai, segundo colocado nas Eliminatórias Sul-Americanas, não confirme a liderança do Grupo A. Com ataque formado por Cavani, do PSG, e Suárez, do Barcelona, a Celeste, comandada por Óscar Tabárez, é a grande favorita.

A intensidade ofensiva é um dos pontos fortes da equipe, que conta com De Arrascaeta, do Cruzeiro, na articulação. Pode pesar o desentrosamento, já que o Uruguai fará apenas mais um amistoso antes de estrear na Copa, quinta, contra o frágil Uzbequistão.

TIME BASE: Muslera; Varela, Gódin, Josema e Caceres; Betancur, Vecino, Nandez e De Arrascaeta; Suárez e Cavani. 

Egito conta com Salah para virar protagonista na luta pelas oitavas

A expectativa do Egito na Copa passa pela recuperação de Mohamed Salah, um dos melhores do mundo na atualidade. Ele sofreu lesão no ombro direito na final da Liga dos Campeões e, mesmo em fase de recuperação, está na lista dos 23 jogadores convocados.

Com Salah, o Egito passa de coadjuvante a protagonista e promete lutar contra a Rússia pela vaga. A seleção cresceu nos últimos anos e está de volta ao Mundial, algo que não acontecia desde 1990.

TIME BASE: El Shenawy; Fathi, Hegazy, Ali Gabr E Abdelshafi; Elneny, Hamed, Salah e Said; Trezeguet e Hassan.

Arábia Saudita tem no conjunto arma para não virar saco de pancadas

Arábia Saudita convive com dois rótulos: o de incógnita e de saco de pancadas do grupo. Quase nada é possível prever de time que trocou três vezes de técnico em menos de um ano e agora confia no trabalho de Juan Antonio Pizzi.

Sem grandes talentos individuais, o time confia muito no entrosamento, já que boa parte da equipe atua junta no Al Hilal ou no Al Ahli, primeiro e segundo colocados no campeonato nacional.

TIME BASE: Al-Mosailem; Al-Shahrani, Hawsawi, Omar Hawsawi e Al-Harbi; Otayf, Al-Jassim, Al-Shehri, Al-Dawsari e Al- Muwallad; Al-Sahlawi.




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