De olho no transito Titulo
Centrais de controle de trânsito

A Grande São Paulo vai parar definitivamente até 2012 por congestionamentos e, infelizmente, não se percebe medidas

Cristina Baddini
05/03/2010 | 00:00
Compartilhar notícia


A Grande São Paulo vai parar definitivamente até 2012 por congestionamentos e, infelizmente, não se percebe medidas que atentem para a gravidade e profundeza do problema. Os governos municipais, estadual e mesmo o federal deveriam implementar medidas de gestão da demanda com objetivo de desestimular o uso do transporte individual, mas não o fazem e, assim, vivemos congestionamentos intermináveis, muitos acidentes e transportes públicos insuficientes e sem prioridade no trânsito.

Desafio para as cidades da Região Metropolitana
Para salvar vidas, gerar segurança, desatar os nós dos congestionamentos ou fazer a economia de uma cidade andar, os gestores municipais precisam dar respostas rápidas e transparentes aos problemas que a cidade enfrenta diariamente. Falar em uma boa gestão do trânsito pressupõe o máximo da aplicação dos recursos eletrônicos disponíveis, como criar um sistema de controle de tráfego que facilite o fluxo de veículos, diminuindo congestionamentos e o tempo de espera em semáforos.

Fluidez e segurança
A fluidez no sistema viário é proporcional ao tipo de operação empregado no controle semafórico, quanto mais inteligente for o equipamento utilizado, menor o atraso e, por consequência direta, maior a fluidez com segurança. Já existem sistemas que evitam retenções desnecessárias, proporcionando economia de combustível e tempo e que se ajustam de forma autônoma a situações inesperadas, como acidentes de trânsito, além de permitir intervenções e reprogramações à distância, a partir de sua central de controle operacional.

Central única para as 7 cidades
Um bom projeto para a região tem que prever a integração de todos os serviços de trânsito e de emergência em central de atendimento única ou interligada, de forma a facilitar a gestão e gerar economia e rapidez na tomada de decisão para o bom atendimento da população.
A melhoria das condições do tráfego, a agilização da manutenção dos semáforos com acionamento de alarmes em caso de detecção de falhas nos equipamentos, a melhoria das condições ambientais e a redução do consumo de energia são sempre bem-vindas às cidades.
O controle em tempo real feito através da central reduz entre 15% e 20% o atraso e o número de paradas dos veículos, em comparação com sistemas de semáforos fixos, ainda que bem ajustados. Como existem muitas situações em que os semáforos não estão programados de acordo com as reais necessidades do trânsito local, temos ganhos ainda maiores com a implantação do tempo real.
Outra boa medida é a instalação de painéis informativos nos principais corredores e nas áreas centrais das cidades, para transmitir aos pedestres e motoristas informações sobre caminhos alternativos, ocorrências de acidentes, retenções e mensagens educativas.

Outros objetivos
Imagine câmeras instaladas em locais estratégicos da região central das sete cidades e interligadas à central de controle de operação, permitindo o acompanhamento do tráfego dessa área e agilizando a solução de problemas detectados. Não seria ótimo?
Portanto, temos que cobrar políticas públicas eficientes e adequadas a que os atuais governos se propuseram a fazer. Imagino que os prefeitos do Grande ABC devam se unir para efetivamente contribuir para diminuir os efeitos nocivos dos congestionamentos, acidentes e da poluição a que estamos expostos cotidianamente.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;