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Fernanda Tomé recusa propostas para deixar o vôlei de São Caetano

Ponteira tinha oferta que quadruplicaria seu salário, mas resolveu ficar por gratidão ao clube do Grande ABC

Anderson Fattori
Do Diário do Grande ABC
03/07/2017 | 06:58
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 Dinheiro não é tudo na vida. A frase pode até ser batida, mas é a melhor forma de exemplificar a atitude tomada pela ponteira Fernanda Tomé ao decidir permanecer na equipe de vôlei de São Caetano para a temporada 2017/2018. Assediada por várias equipes depois da ótima performance na última Superliga e a consequente convocação para a Seleção Brasileira, ela recusou propostas que multiplicariam seu salário por quatro em retribuição ao carinho que recebeu do clube do Grande ABC.
“O que me fez tomar a decisão de ficar foi a imensa gratidão que tenho por eles (do São Caetano). Levei em conta minha vontade de ficar mais uma temporada com eles, por tudo que fizeram. (O clube) Me acolheu quando eu achava que tudo estava perdido. Vou ser eternamente grata por tudo o que fizeram por mim”, ressaltou Fernanda Tomé, que ressurgiu para o vôlei em São Caetano depois de momento de oscilação na carreira.
Aos 27 anos, a ponteira nascida em Penápolis, no Interior, iniciou a carreira no Osasco. Depois, passou por Mackenzie, Pinheiros e São Bernardo até chegar ao São Caetano, no qual ficou quatro temporadas na primeira passagem. Na sequência jogou quatro anos em Araraquara antes de retornar ao São Caetano, no ano passado, para disputar a Superliga. Ela teve proposta do Pinheiros e do Barueri, mas prorrogou o vínculo com o time do Grande ABC até 2018.
Considerada uma das atletas mais experientes diante da renovação natural da Seleção Brasileira, ela garante que vive a melhor fase da carreira. “Acredito que a temporada que passou foi a minha melhor em relação a tudo, condicionamento físico, me destaquei em vários fundamentos na Superliga e isso fez eu chegar onde estou, realizando o sonho de defender a Seleção Brasileira adulta”, celebra a ponteira, que atendeu o Diário entre um treino e outro da equipe nacional que se prepara para disputar o Grand Prix, em julho.
Fernanda, aliás, comemora o fato de ter chegado ao ápice justamente no momento de renovação do time brasileiro, o que acabou lhe abrindo as portas. “As minhas expectativas são as melhores possíveis. É uma felicidade a cada dia acordar vestindo a camisa da Seleção Brasileira e saber que eu hoje faço parte deste grupo tão seleto. Agradeço a Deus a cada dia por tudo isso que estou vivendo”, diz.
Logo após a Olimpíada do Rio de Janeiro, a Seleção Brasileira iniciou processo de reformulação tendo em vista o próximo ciclo olímpico, que tem como meta os Jogos de Tóquio, em 2020. O comando técnico continua a cargo de Zé Roberto Guimarães, a quem Fernanda só tem elogios.
“Trabalhar com o Zé esta sendo sensacional. É um grande técnico, uma pessoa do bem, que está a cada dia trabalhando duro para alcançar seus objetivos junto com a gente. É um grupo novo, com mudanças, mas com vontade, com um querer inexplicável. Tenho certeza de que tudo irá dar certo nesta nossa caminhada”, projeta ela.
A Seleção Brasileira estreia no Grand Prix no dia 7, contra a Bélgica, em Ancara, na Turquia, onde na sequência enfrentará a Sérvia e as donas da casa. Os primeiros jogos no Brasil serão de 20 a 23 de julho, em Cuiabá, onde a equipe terá pela frente Bélgica, Holanda e Estados Unidos.




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