A cena urbanística de Mauá começa a ganhar uma nova interferência. Arcos metálicos de cerca de 80 metros colocados em linhas paralelas já podem ser vistos próximo ao Paço Municipal. Pela magnitude e pela estética arrojada e bela, a estrutura do futuro Centro Esportivo se impõe como referência e é exemplar no que diz respeito a planejamento para requalificação de áreas centrais.

O ginásio deve ficar pronto em setembro e teve seu projeto (de arquitetos e urbanistas da Prefeitura) apresentado pelo Diário em junho de 2003, quando também foi exposto na 5ª BIA (Bienal Internacional de Arquitetura e Design).

Segundo a secretária de Obras Públicas de Mauá, Maryluce Rossi Santa Roza, o Centro Esportivo é um dos itens que comporão o Parque do Paço, do qual já faz parte, desde 2000, o Teatro Municipal, um dos equipamentos culturais mais importantes da região. “O parque terá ainda a Câmara, pistas de skate e cooper e áreas para crianças. Tudo integrado por paisagismo”, afirma a secretária.

O parque é a extensão da reurbanização que parte da praça 22 de Novembro e que atravessará a via férrea por meio de um bulevar, também em construção. Os novos espaços criam ainda uma nova relação entre cidade e habitantes.

A arquitetura é capaz de determinar transformações humanas. “Ela promove a renovação continuada da sociedade e traz novas formas de organização social”, diz o arquiteto Decio Tozzi, que, na região, assina a cobertura do calçadão da rua Coronel Oliveira Lima, em Santo André, e uma escola de São Bernardo.

O dado negativo é a pequena participação desses profissionais na ação urbanística. “Infelizmente, 90% das construções são feitas por leigos”, diz o arquiteto andreense Jorge Bomfim.