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Jovem reclama da falta de lazer
Do Diário do Grande ABC
08/12/2001 | 17:51
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A falta de opções de lazer e cultura é apontada pelos jovens do Jardim Zaíra como o maior problema do bairro. Sem centros esportivos ou locais para encontro e diversão desde que foi fundado na década de 50, a única saída para os jovens tem sido procurar diversão em outros locais da cidade, principalmente no Centro, ou tentar criar alternativas.

Foi o que fez há três anos um grupo com idade entre 16 e 28 anos que mora na região conhecida como Zaíra 3. Eles fazem parte de um grupo de jovens da Igreja Católica, o Oásis, e têm conseguido reunir em um salão da Comunidade Sagrado Coração de Jesus até 400 adolescentes em encontros bimensais embalados ao som de bandas cristãs, bebidas não-alcoólicas e salgados. Nesses encontros é cobrada entrada de R$ 1, ou um quilo de alimento não-perecível, e a renda da bilheteria e da venda de bebidas e comidas chegou a atingir R$ 600 há três meses, soma de dar inveja a muita coleta de dízimo.

Anselmo Alves Pereira, 27 anos, Elvis da Silva, 23, Rafael da Costa Lourenço, 16, e Urânia dos Santos, 21, fazem parte do grupo e são moradores do Jardim Zaíra. “O que mais falta para os jovens no Zaíra é diversão inteligente”, afirma Urânia. Segundo ela, boa parte da freqüência dos bailes organizados no salão da Comunidade Sagrado Coração de Jesus é de jovens que moram no bairro e não têm como hábito assistir missas e acompanhar atividades religiosas.

Nos bailes, geralmente três bandas, chamadas de ministérios pelos membros dos grupos de jovens católicos, se revezam entre 19h30 e 23h. Os bailes são realizados sempre aos sábados, com intervalo de dois meses entre cada um, em média. No último baile feito pelos jovens do Oásis, na noite de 1º de dezembro, os estudantes Arthur dos Santos Ribeiro, 13, e Cícero Roberto dos Santos, 18, foram conferir o movimento. “É uma alternativa legal de lazer e diversão. Aqui na região (Zaíra) só tem dois lugares para os jovens se encontrar: uma quadra onde a moçada vai e fica conversando e um forró, mais conhecido como risca faca”, disse Ribeiro. — RO




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