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O futuro é agora

Em 2015 houve aumento de 4% de títulos
produzidos e de 21% no faturamento de livros digitais

Miriam Gimenes
25/07/2016 | 07:00
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Thinkstock


Entrar em uma livraria e escolher a publicação a ser ‘devorada’ nos dias subsequentes tem um gostinho especial. O cheiro do papel, o colorido das capas, os títulos em destaque, tudo é motivo de atração. Mas, infelizmente, com a correria do dia a dia este é um tipo de situação cada vez mais difícil de ser vivenciada. Aí entra a praticidade: não é mais fácil escolhê-los em um catálogo online, pagar, baixar no seu tablet ou smartphone e desfrutá-lo quando quiser? É claro. E assim os livros virtuais ganham cada vez mais espaço na ‘estante’ – leia-se memória do dispositivo – dos brasileiros.

Não à toa. Pesquisa feita pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) divulgada mês passado apontou que em 2015 houve um aumento de 4% de títulos produzidos e de 21% no faturamento dos livros digitais em relação aos resultados do ano anterior. É acreditando neste crescimento que Gabriela Erbetta e Gabriela Aguerreno criaram, em 2013, a Editora Alpendre. Tanto que, juntas fazem palestras para divulgar os benefícios de se adquirir a publicação digital.

“A primeira (vantagem) é, sem dúvida, a praticidade. Nem todo mundo sabe que não é preciso ter um aparelho dedicado (e-reader) para ler um livro digital. As obras também podem ser baixadas e lidas em celulares e tablets – além do próprio desktop ou laptop. Ou seja: basta ter um smartphone para acessar seus livros. Quem viaja, por exemplo, não precisa levar peso a mais na bagagem por causa de livros. Alguns aparelhos dedicados comportam até mais de 1.000 títulos”, explica Gabriela Erbetta.

Segundo ela, a Amazon, dos Estados Unidos, foi quem começou a vender seu aparelho dedicado de leitura digital (Kindle) em 2007, dando origem à tendência. No Brasil, o mercado começou a se estabelecer em 2012/2013, com o início da venda de livros digitais por lojas como Amazon e Apple.

Há, portanto, mercado para todo mundo. “Livro é livro, independentemente do formato. Sempre haverá espaço para os de papel, mas esperamos que o consumo do digital cresça em função da praticidade, da portabilidade e do preço (mais baixo que os livros físicos), entre outros fatores.” Não existe desculpa para não ler.

A editora Alpendre já conta com algumas publicações, entre elas Cozinha de Afeto – Histórias de Receitas de Doze Mulheres Imigrantes no Brasil, que foi eleito, em maio, o segundo melhor e-book de gastronomia do mundo no Gourmand Cookbook Awards.




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