Cultura & Lazer Titulo Música
Cantoria dos mineiros

Samuel Rosa e Lô Borges lançam CD e DVD
com inéditas, clássicos e participações especiais

Vinícius Castelli
12/04/2016 | 07:00
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Divulgação


Quando o encontro é da mineirada o resultado pode ser diverso: desde comida boa com bastante queijo, muitas histórias para contar e falar sobre cachoeiras ou futebol. Nesse caso é música para mais de metro, e da boa. Contemporâneo de gente como Milton Nascimento, o cantor, compositor e guitarrista Lô Borges resolveu trocar experiências com Samuel Rosa, líder do grupo Skank. Agora, a união deles pode ser apreciada em Samuel Rosa & Lô Borges – Ao Vivo no Cine Theatro Brasil, show que chega às lojas em CD e DVD (Sony Music/BIS, R$ 28,90 e R$ 33,90, em média).

Um admirava o outro, mas eles não se conheciam. Mas isso já tem alguns bons anos. Quando se conheceram a energia positiva foi imediata. A afinidade deles virou show no ano 2000 e desde então a troca de experiências só cresceu. “A partir do Maquinarama (disco do Skank) as músicas dele (Samuel) começaram a dialogar mais com as minhas”, explica Lô Borges ao Diário.

Tempos depois e após a troca de muitas figurinhas e até composições assinadas pela dupla, veio a vontade de registrar um espetáculo em conjunto. Gravado em Belo Horizonte, em 2015, o show é ilustrado por 20 composições (o CD conta com 14) e repassa a carreira de ambos em repertório que costura a afinidade de ambos.

Entre as faixas escolhidas para o show estão Feira Moderna, de Lô com Beto Guedes, Te Ver, do Skank e regravada por Lô, e outras, como O Trem Azul, de 1972, de Lô com o Clube da Esquina. O DVD conta ainda com duas faixas inéditas, Lampejo e Dupla Chama.

Clássico atrás de clássico. E o mais interessante é notar como as músicas de diferentes gerações se conversam. “É um encontro genuíno, não é armação. É uma admiração recíproca. Parece que compus as canções dele e ele as do Clube da Esquina”, reflete o artista.

E já que a festa é a moda mineira, é claro que os convidados têm de ser conterrâneos. Voz do grupo Pato Fu, Fernanda Takai sobe ao palco para colocar doçura em Balada do Amor Inabalável.

Prata da casa, Milton Nascimento não poderia ficar de fora quando o assunto é Lô Borges. Ele canta Para Lennon e McCartney. “A Fernanda é contemporânea da carreira do Samuel. É um diálogo natural. O Milton é pai de todos. Foi quem me pegou em uma esquina remota de Belo Horizonte e me levou para gravar. Devo o começo da minha carreira ao Milton”, encerra o cantor. 




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