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Estudo do Sindema não comove Reali
Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
21/07/2011 | 07:33
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Tiago Silva/DGABC


O estudo feito pelo Sindicato dos Servidores Públicos de Diadema em contratos da Prefeitura e que apontou sobra de receita de R$ 6,4 milhões não sensibilizou a administração Mário Reali (PT). O Paço não descartou manter a mesma proposta oferecida e rejeitada pelo Sindema de 12,46% parcelados em cinco bimestres e abono de R$ 300.

O secretário de Governo, Osvaldo Misso (PT), disse que a cúpula designada pelo prefeito para negociar o reajuste salarial ainda está analisando o levantamento realizado pelo funcionalismo, mas reiterou que a situação financeira do município não permite majorações generosas.

"A proposta não vai ser muito grande. Não tem espaço para aumentar, estamos no limite. Diria que é quase nada. Só faremos outra oferta para não ficar com a mesma proposta. Isso se não for a mesma proposta", ressaltou Misso, um dos secretários escolhidos por Reali para negociar diretamente com a categoria. Segundo o petista, a Prefeitura deverá apresentar a oferta final até a semana que vem.

O Executivo alega que beira o limite prudencial estipulado pela Lei de Responsabilidade Fiscal com pagamento de pessoal. Atualmente, o Paço despende 49,55% da receita corrente líquida com servidores. O limite exigido pela LRF é de 51,3%.

Em sua última assembleia, realizada há duas semanas, o Sindema optou por não estipular valores em contraproposta à administração. Apenas reiterou que há R$ 6,4 milhões em sobra de receita e que esse montante poderia ser investido em melhorar o reajuste salarial ao funcionalismo. Inicialmente, o sindicato pediu pelo menos 11% de majoração em uma só parcela.

OP

A Prefeitura de Diadema encerrou ontem as plenárias deliberativas do Orçamento Participativo para as finanças de 2012. O evento aconteceu no Bairro Serraria e não contou com a presença de Reali que se ausentou por compromissos pessoais.

Ao todo foram realizadas 13 plenárias nos principais bairros da cidade. Com dificuldades econômicas, o Executivo ressaltou que apenas R$ 3 milhões serão destinados aos investimentos pedidos pela população.

"A limitação é grande em função da pouca verba, por isso precisamos discutir a democratização do custeio. De R$ 750 milhões da peça, R$ 110 milhões são para investimento de capital. Desses, R$ 95 milhões são externos, sobram R$ 10 milhões já comprometidos. No fim, fica cerca de R$ 3 milhões do tesouro para novos investimentos", afirmou Misso.

O balanço final do OP deverá ser divulgado no início de agosto.




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